A força do povo
José Carlos Alexandre
Acabo de ler um texto do Miguel Urbano Rodrigue sobre "O homem que gostava de cães", do escritor cubano Leonardo Padura.
O enfoque é para o assassino de Leon Trotsky, um dos revolucionários de 1917, posteriormente morto no México.
Ainda não tive oportunidade de vencer as 600 e tantas páginas do autor caribenho, agora, ao que parece, também cidadão espanhol.
Acho que todo mundo deve defender sua opinião, embora sem desfigurar a história, como nos faz crer o escritor e jornalista português, em sua crítica ao amante de cães.
Cuba deve ter lá seus "dissidentes"...
Ainda que o autor em foco não o seja ou se julgue ser.
Ainda que o autor em foco não o seja ou se julgue ser.
Às vezes em que viajei para lá impus sempre aos organizadores da excursão que me mantivessem distante desses figurões que sempre me pareceram suspeitos de traição ao povo e aos ideais da Revolução.
Radicalismo puro meu, talvez.
Mas continuo pensando assim.
O que não me impede de ler as obras de Padura, caso me caiam em mãos.
Adoro ler a Bíblia e dificilmente perco documentários sobre Cristo, Daniel, Isaías e outros profetas do Oriente Médio.
Em Israel cheguei a visitar o suposto local onde Cristo teria sido batizado, a casa ode teria visito com os pais José e Maria, e até o local onde teria sido enterrado.
Nem por isso deixo de concordar com os que julgam ser fantasias a saída dos judeus do Egito , a travessia do Mar Vermelho etc.
Sim, no Egito não se tem qualquer sinal da existência de Moisés e de seus prodígios...
Não há evidência histórica, como dizem com vozes empostadas narradores de documentários de TVs.
As revoluções soviética e cubana, contudo, são fatos concretos, com seus acertos e naturalmente muitos erros.
Certamente um dia a história haverá de fazer justiça a seus líderes.
O mesmo talvez jamais ocorra com seus detratores.
Eu prefiro desde já reconhecer méritos nos que se postaram ao lado do povo, como os habitantes de Odessa no filme que acabo de rever no Arte 1:"Encouraçado Potemkin" , de Sergei Eisentein, de 1925, enfocando acontecimentos de 1905.
O que me fortalece a convicção na força do povo organizado.
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