Quem de fato manda neste país
Agência Brasil |
José Carlos Alexandre
Os trabalhadores deram uma demonstração de força na última sexta-feira. Claro, ainda estamos longe das manifestações que ocorriam no país nos anos 60.
Contudo, pouco a pouco a classe operária e o proletariado em geral volta a demonstrar consciência de sua enorme força, capaz de fazer tremer as bases de quaisquer governos.
Em especial os que até então se arvoravam em defensores dos interesses dos trabalhadores e do povo.
Nos últimos meses tem ficado claro quais são os reais interesses dos que se encontram no poder: a defesa dos latifundiários, dos grandes banqueiros e dos exploradores do povo em geral.
Como tal se deu?
Para quem acompanha a história da revolução brasileira sabe muito bem que o Golpe de 1964 desfigurou bastante o movimento sindical.
Grande parte da militância autêntica dos trabalhadores foi brutalmente afastada das entidades sindicais.
Uma parte teve de ir para o exílio, outra para a cadeia e alguns foram torturados até a morte, como aconteceu, por exemplo, com o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, Nestor Vera (s).
Em grande maioria as entidades sindicais foram ocupadas por trabalhadores sem formação político-ideológica ou previamente preparados por organismos internacionais ligados e/ou financiados por
entidades estrangeiras mancomunadas com o imperialismo.
Outros sindicalistas ascenderam às suas entidades equivocados com as novas pregações advindas de partidos e/ou organizações já intencionadas a assumir os governos com claros objetivos de perpetuação no poder, não importando atos e fatos de clara traição aos trabalhadores.
Mas a classe operária brasileira já recupera sua capacidade de distinguir onde está a verdade e onde se escondem os traidores, os corruptos e os que querem sem dó nem piedade transformar seus sindicatos em instrumentos de amenização da luta de classe.
Nas ruas os trabalhadores recuperam seu direito de protesto e começam a demonstrar quem de fato manda neste em em todos os países do mundo: a classe operária, aliada aos camponeses.
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