Trabalhadores dos Correios estão em greve
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Reivindicam reajuste real de R$ 200 incorporado imediatamente ao salário, fim da proposta de gratificação da empresa, manutenção do plano de saúde sem cobrança de mensalidades e contra o processo em curso de privatização. Os militantes dos PSTU nos Correios defenderam nas assembleias a rejeição da proposta, a deflagração da greve e a retomada das negociações. Essa também é a posição oficial da CSP-Conlutas.
A greve começou forte. De 36 bases sindicais, 20 pararam as atividades nesta quinta-feira (16), incluindo Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Brasília, Rio Grande do Sul, que somam cerca de 75% do total dos trabalhadores da ECT no país.
No Rio de Janeiro, houve piquete em frente às unidades e um trancaço no Complexo de Benfica. Em todo o país, o mesmo episódio se repete. A média de paralisação nas unidades de São Paulo é de 70% já no primeiro dia de greve.
Em Santa Catarina, além dos Centros de Distribuição, muitas agências também estão fechadas. "O próximo passo neste momento é organizar a Marcha dos Trabalhadores em Luta no dia 18 de setembro, em São Paulo, junto com bancários, metalúrgicos, petroleiros, funcionalismo, entre outras categorias", defendeu o diretor da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect) pela CSP-Conlutas Yuri Costa.
Atualmente, os trabalhadores dos Correios recebem o pior salário das estatais brasileiras, com um piso de R$ 1.134. A empresa propõe gratificação no lugar de reajuste salarial, que é a mesma do ano passado, que significa 0% de aumento real do salário e os escândalos de corrupção no governo afetam diretamente a vida dos trabalhadores.
Há um rombo de mais de R$ 6 bilhões no fundo de pensão. O governo propõe que os ecetistas, que não são responsáveis por essa conta, dividam parte do prejuízo com pagamento mensal em até 15 anos. "O governo e a ECT devem investigar e punir os responsáveis. Não são os trabalhadores que devem ser responsabilizados por algo que não criaram", argumentou Costa.
Unir o conjunto das categorias em luta
A greve dos Correios acontece no momento em que o governo aprova medidas que penalizam os trabalhadores para salvar os banqueiros e empresários da crise econômica que assola o país. Desde o início do ano aconteceram seguidos cortes no orçamento, seguido da aprovação de medidas como a Agenda Brasil, cancelamento de concursos públicos, entre outras iniciativas.
Assim como os trabalhadores dos Correios, grande parte do funcionalismo federal, judiciários, professores, entre outras categorias estão em greve contra os reflexos da política do governo Dilma e da direita na vida cotidiana dos trabalhadores.
Agora no segundo semestre, outros setores também devem parar as atividades, a exemplo de petroleiros, que têm indicativo de greve para o dia 24 de setembro. "Para sermos vitoriosos precisamos unir essas lutas e construir uma grande greve geral no país", concluiu completou o diretor da Fentect e da CSP-Conlutas.
-Basta de Dilma (PT), Temer, Cunha, Renan (PMDB) e Aécio (PSDB)!
- Contra a privatização da ECT. Por uma empresa de caráter público e de qualidade nos serviços prestados à população e não para atender ao mercado financeiro;
- Fim da GIP como instrumento de reajuste salarial!
- Aumento real nos salários, com incorporação já de R$ 200, de forma linear;
- Retorno do Plano Correios-Saúde, com o fim da operadora Postal Saúde;
- Saneamento da Postalis pela ECT. Os trabalhadores não podem pagar pelo rombo causado por seus diretores;
- Contratação já por concurso público com o fim da terceirização dos serviços.
(Com o PSTU/Diário Liberdade)
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