Sábado Resistente promove seminário de pesquisa e debate sobre a ditadura

                                                                           
Evento acontece no dia 10 de setembro, às 14h00, com entrada gratuita e terá participação das pesquisadoras Joana Côrtes, Pâmela Resende e Patrícia Mechi, que receberam o prêmio "Memórias Reveladas", do Arquivo Nacional, em 2015 

No dia 10 de setembro, o Memorial da Resistência, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, realizará mais uma edição do Sábado Resistente, projeto realizado em parceria com o Núcleo de Preservação da Memória Política. O evento acontece às 14h, com presença das especialistas Joana Côrtes, Pâmela Resende e Patrícia Mechi, cujas pesquisas sobre a ditadura militar foram vencedoras do prêmio "Memórias Reveladas", do Arquivo Nacional, no ano de 2015.

Patrícia Mechi é escritora do livro Protagonistas do Araguaia (2009), que trata das trajetórias, representações e práticas dos grupos que protagonizaram a guerrilha do Araguaia, buscando compreender a história da guerrilha a partir da trama de relações que se estabeleceram entre guerrilheiros, camponeses e militares, tendo como fundo analítico o conceito de totalidade.

Já Pâmela Resede, autora do Vigilante da Ordem (2013), investiga a vigilância e o controle de parte da comunidade de informações e segurança aos movimentos pela anistia durante a segunda metade da década de 1970. Baseado num projeto político que tinha como pressuposto a prática autoritária e um amplo controle social, o livro aborda as diretrizes a serem seguidas por agentes do Deops-SP e SNI na elaboração da informação. Além disso, lança luz sobre a própria relação entre os órgãos de informações e segurança e os distintos interesses presentes no interior dessas estruturas repressivas.

Em Dossiê Itamaracá, Joana Côrtes, traz pesquisa em acervos, sobretudo nos arquivos pessoais de ex-presos políticos e do DOPS de Pernambuco. Com fotografias, diários de greves de fome, correspondências e jornais da época, a obra compreende como um coletivo de presos políticos da Penitenciária Barreto Campelo resistiu e atuou, entre 1973 e 1979, para integrar e fortalecer os movimentos pela anistia no período de ditadura civil-militar no país.

PROGRAMAÇÃO
14h00 – Boas vindas – Kátia Felipini Neves (Memorial da Resistência de São Paulo)
14h10 – Coordenação – Maurice Politi (Núcleo de Preservação da Memória Política)
16h10: debate

Mesa Redonda:
Joana Côrtes – Jornalista, especialista em Arte-Educação pela USP e mestre em história social pela PUC-SP. Seu livro “Dossiê Itamaracá” foi um dos selecionados da 2ª edição do Prêmio Memórias Reveladas, do Arquivo Nacional. Atualmente trabalha na TV Brasil.

Pâmela de Almeida Resende – Mestre em História Social pela Unicamp e doutoranda pela USP, com pesquisa sobre o sequestro do embaixador norte-americano, em 1969, no Brasil. Seu livro “Os Vigilantes da Ordem” é fruto de sua dissertação de mestrado. Trabalhou como consultora na Comissão de Anistia (2013) e Pesquisadora Júnior na Comissão Nacional da Verdade (2014).

Patrícia Mechi – Historiadora, doutora e mestre em História Social pela PUC-SP. Atualmente, é professora da área de Fundamentos da América Latina na Universidade Federal da Integração Latino-americana – Unila e pesquisadora do Centro de Estudos de História da América Latina (PUC). Atua na pesquisa de temas relacionados às ditaduras, esquerdas e lutas sociais na América Latina.


SERVIÇO

Memorial da Resistência de São Paulo
Endereço: Largo General Osório, 66 – Luz - Auditório Vitae – 5º andar
Telefone: (011) 3335-4990/ faleconosco@memorialdaresistenciasp.org.br
Aberto de quarta a segunda (fechado às terças)
Entrada Gratuita

(Confirme presença pela internet)

Comentários