"Reflexos Cotidianos"
Certo dia, no início dos anos 60, resolvo entrar na sede dos Diários Associados, na Rua Goiás. Creio que para pedir a publicação de uma nota no Diário da Tarde sobre manifestação que faríamos (éramos ativos participantes do que hoje chamam pomposamente de "movimentos sociais"). Estava filiado no PSB mas militava no PCB, que tinha sido cassado em 1947 e só voltou à legalidade em 1985, no governo José Sarney.
Não sei se fui atendido ou não. Só sei que pouco depois subi novamente as mesmas escadas e só desci 44 anos depois, aí noutro prédio, na Avenida Getúlio Vargas...
Com o fechamento do DT, numa ação talvez intempestiva por parte de sua direção.
Com o fechamento do DT, numa ação talvez intempestiva por parte de sua direção.
Uma explicação: como sindicalista, trabalhava no jornal "Novos Rumos".
Um semanário do PCB , que tinha Sucursal pertinho da Praça Sete. Ele só deixou de circular dia 1º de abril de 1964, quando foi fechado pela polícia política...
Um belo dia um importante dirigente partidário conselhou que fosse para o Diário da Tarde cobrir sindicalismo, em lugar do cirurgião-dentista do então Centro dos "chauffeurs" , que o fazia à noite, para o DT, e desejava sair.
Um semanário do PCB , que tinha Sucursal pertinho da Praça Sete. Ele só deixou de circular dia 1º de abril de 1964, quando foi fechado pela polícia política...
Um belo dia um importante dirigente partidário conselhou que fosse para o Diário da Tarde cobrir sindicalismo, em lugar do cirurgião-dentista do então Centro dos "chauffeurs" , que o fazia à noite, para o DT, e desejava sair.
E eis-me trabalhando no "jornal do Chateaubriand", como se dizia na época... (O "Dr. Assis" era minha leitura desde menino, quando buscava o "Estado de Minas" aos domingos numa revistaria, em Nova Lima para meu pai ...)
O tempo foi passando, assim como também minhas funções: de "repórter auxiliar" (seja lá for o que significava à época, a repórter.
Depois Chefe de Reportagem, noticiarista, redator, editor de Cidades, editor de Internacional.
Sem se falar num longo período como editor da capa do Caderno 2, embora extraoficialmente, já que o caderno possuía editora...
Depois Chefe de Reportagem, noticiarista, redator, editor de Cidades, editor de Internacional.
Sem se falar num longo período como editor da capa do Caderno 2, embora extraoficialmente, já que o caderno possuía editora...
Uma rica convivência em dois lados da imprensa: a tradicional (burguesa) e a socialmente participativa (proletária, se se assim se pode chamá-la).
Recebo hoje um ótimo presente de Natal de um amigo desses tempos de jornalismo diário, exercido no Diário da Tarde, o escritor e poeta Carlos Lúcio Gontijo.
Fato que me levou a relembrar de um passado de muita ação, trabalho estafante.
Fato que me levou a relembrar de um passado de muita ação, trabalho estafante.
Carlos Lúcio envia-me o livro de um advogado e jornalista que acompanhava também os meios
sociais, ao tempo do Diário da Tarde", no que toca à defesa do consumidor.
Trata-se de "Reflexos Cotidianos", de João Silva de Souza.
Um detalhe muito particular: o livro é ilustrado com recortes de jornais mineiros, Alguns do Diário
da Tarde, Com textos de Carlos Lúcio.
da Tarde, Com textos de Carlos Lúcio.
E que textos!
Geralmente o Carlúcio escrevia na página 2, do DT, a página de opiniões.
Quando não era o editorial (que todos nós, editores nos revesávamos), eram artigos de largo interesse popular.
Geralmente o Carlúcio escrevia na página 2, do DT, a página de opiniões.
Quando não era o editorial (que todos nós, editores nos revesávamos), eram artigos de largo interesse popular.
Vou dedicar-me à leitura de"Reflexos Cotidianos", que certamente me trará muito mais recordações
de um período de muita importância para esta cidade maravilhosa que completa 120 anos.
E que, com muita honra, sou um de seus cidadãos (honorários).
(Ah! Mesmo durante a ditadura não deixei de colaborar com a imprensa partidária. E continuo a fazê-
lo, agora em redes sociais...)
de um período de muita importância para esta cidade maravilhosa que completa 120 anos.
E que, com muita honra, sou um de seus cidadãos (honorários).
(Ah! Mesmo durante a ditadura não deixei de colaborar com a imprensa partidária. E continuo a fazê-
lo, agora em redes sociais...)
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