Mudanças no processo eleitoral da Rússia

O Partido Comunista da Federação Russa (PCFR) propôs ao presidente Dmitri Medvedev mudanças no processo eleitoral nacional, declarou o vice-presidente da Duma (câmera baixa do parlamento russo), Ivan Melnikov. Durante um encontro recente de Medvedev com os líderes das frações na Duma, o PCFR propôs mudar o princípio de formação da nova Comissão Central Eleitoral (CCE) onde cada partido deve ter seu representante, declarou Melniko.
Tal posição foi apoiada pelos partidos Liberal-Democrata, Rússia Justa e a dirigente Rússia Unida.O mesmo princípio deve funcionar ao formar a direção das comissões de colégios eleitorais, para evitar o monopólio de um partido só, assinalou o também membro do Comitê Central do PCFR.
Assim mesmo, a citada formação política opositora propõe eleições por listas de partidos em níveis regional e municipal, em lugar de fazê-lo por um mandato apenas, pois em geral pessoas ricas ou com apoio de recursos administrativos chegam a ser vereadores.
Por outro lado, Melnikov assinalou que o PCFR se pronuncia por empregar só uma urna nas votações a domicílio, pois às vezes são cinco ou seis urnas e estão totalmente fora de controle.Ademais devem ser comparadas as atas finais dos votantes que foram às urnas com o número de boletos depositados e em caso de incongruências, fazer uma contagem total em dito colégio, apontou.
De igual forma considerou que a proposta de Medvedev para flexibilizar o sistema político e dar mais espaços à oposição é positiva e de nenhuma forma significa o aparecimento de novos partidos, ainda que se assim o fosse, isso buscaria prejudicar ao PCFR, comentou.
"Nas últimas eleições nosso partido ganhou respaldo popular de maneira considerável nas urnas", esclareceu.
De igual forma referiu-se a uma proposta muito específica sobre a divisão do país em grupos regionais, com um mínimo de 83 e máximo de 150, nos quais a cada partido deve apresentar uma lista eleitoral."Consideramos que os partidos devem ter o direito a decidir em quantos grupos regionais divide o mapa eleitoral para apresentar suas listas de partidos", afirmou Melnikov.
De outro lado, o PCFR planifica um referendo popular para conhecer a opinião sobre assuntos sensíveis como a necessidade de que o estado controle a propriedade sobre os recursos naturais e as empresas estratégicas.No entanto, faz-se quase impossível realizar um plebiscito oficial, pois existem muitas limitações. Por isso o PCFR organizará por sua conta o mencionado referendo popular, mediante o qual conheceremos o estado de opinião da população sobre temas sensíveis, disse.(Com a Prensa Latina)

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