Paraguai pede explicações
O governo paraguaio pedirá explicações aos Estados Unidos, através de sua embaixadora em Assunção, sobre as operações de espionagem realizadas aos quatro candidatos presidenciais de 2008.
Héctor Lacognata, ministro de Relações Exteriores, declarou a repórteres que é prematuro para o Executivo se pronunciar em relação a este tema, mas considerou "que, caso se confirme, seria bastante grave".Lacognata disse que ao meio dia desta segunda-feira a embaixadora estadunidense aqui, Liliana Ayalde, irá à chancelaria "para lhe solicitar explicações com relação a estas publicações".Indicou que "lhe apresentaremos uma nota oficial do governo paraguaio, para que por essa mesma via o governo dos Estados Unidos possa nos comunicar da veracidade e alcance desta denúncia".Quiçá uma vez que tenhamos esta informação, que possamos cotejá-la, tenha algum tipo de pronunciamento oficial do governo paraguaio nas próximas horas, remarcou.O titular de Exterior afirmou que neste momento "nossa tarefa fundamental é a solicitação de dados aos protagonistas desta situação".Meios de imprensa internacionais publicaram ontem informações fornecidas pelo site Wikileaks, as quais denunciaram que o governo estadunidense ordenou a seus diplomatas no Paraguai recolher dados sobre os candidatos à presidência em 2008.
As informações demandavam a obtenção de dados biométricos, impressões digitais, fotografias, escâneres da íris e informação genética do atual presidente Fernando Lugo, e dos candidatos Blanca Ovelar, Luis Castiglioni e do general aposentado Lino Oviedo.
O Departamento de Estado pediu também a seus diplomatas em Assunção a confirmação da existência ou não de poços de hidrocarbonetos na região do Chaco paraguaio e a informação sobre o narcotráfico e a construção de mesquitas no país latino-americano, limítrofe com Argentina, Brasil e Bolívia, entre outros temas.
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