Colômbia dispensa participação estrangeira na libertação de reféns
A Colômbia fechou hoje a porta a uma possível participação de entidades, personalidades e governos internacionais como garantias do processo de libertação unilateral anunciada pela guerrilha.
Em um comunicado divulgado esta noite, o Ministério de Defesa sustenta que agradece aos governos, entidades e pessoas de outros países que tenham algum interesse ou tenham recebido alguma solicitação de participar em dita operação.
No entanto, recolhe o texto, só se permitirá a participação do governo do Brasil, do Comitê Internacional da Cruz Vermelha e do grupo da sociedade civil Colombianos e Colombianas pela Paz.
"A seriedade com a qual se manejou este processo dever ser garantia para que a libertação dos 10 soldados e policiais não seja aproveitada como uma estratégia de promoção, propaganda política ou mediática", sublinha a declaração oficial.
Por sua vez, o Governo reitera seu total compromisso com o desenvolvimento das atividades já acordadas no protocolo de libertações e espera que os presos cheguem logo a seus lares.
Este comunicado emergiu depois de ter se tornado público que o prêmio Nobel da Paz Rigoberta Menchú acompanharia o processo de libertação.
Assim o confirmou através de sua conta na rede social do Twitter a pacifista e ex-senadora Piedad Córdoba, líder do grupo da sociedade civil Colombianos e Colombianas pela Paz.
Antes, Menchú havia anunciado na Guatemala que participaria como garantia no processo, o qual está previsto para ocorrer em duas etapas entre os dias 2 e 4 de abril.
A ativista guatemalteca considerou uma honra intervir como parte do grupo de garantidores na libertação dos prisioneiros em poder das FARC.
Junto com Menchú também foi convidada a participar como garantia a brasileira Socorro Gómez, titular do Conselho Mundial da Paz, entre outras mulheres de relevância internacional.
Por outro lado, a chancelaria equatoriana informou hoje que o Governo desse país analisa um convite efetuado este fim de semana, por parte dos Colombianos e Colombianas pela Paz para participar como mediador nas libertações.
Através de um comunicado, o Ministério de Relações Exteriores do Equador indica que a participação do vice-presidente Lenin Moreno representaria essa nação vizinha durante o processo.
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