Abominável atentado

José Carlos Alexandre



Merece total condenação o atentado contra uma instituição de ensino judaica em Toulouse, na França.
Não se pode tolerar tais atos, principalmente quando aparentam ter um cunho racista.
Já basta o que a comunidade israelense tem sofrido ao longo da história, desde que Abrahão deixou Ur, na Caldeia, há 5773 anos, enfrentando a peregrinação pelo deserto, os anos do cativeiro no Egito e na Babilônia, sem se falar nas câmeras de gás do nazismo no século passado.
Os judeus de Israel e da diáspora são merecedores de todo o respeito e admiração por todos os povos.
É certo que Israel "perdeu o rumo", na expressão do jornalista Alberto Dines, no último Roda Viva na TV Cultura/TV Brasil.
Nem todos os seus governos que antes tiveram  o destemor e a virtude do Rei David e de se filho Salomão.
O atual homem-forte de Israel, Benjamin Netanyahu , não tem nem um décimo das virtudes quer dos antigos juízes, da Matatias e seus filhos Macabeus, lutando nas guerrilhas contra  os selêucidas sírios , quer de Ben Gurión e de todos os governantes da moderna Israel que tive oportunidade de conhecer em fins de 2010.

Todo mundo poderia, se possível, visitar o Museu do Holocausto em Jerusalém, lá passando horas a chorar as vítimas do nazismo, principalmente o salão das estrelas, sombolizando as crianças vitimadas pela sanha hitlerista.
Nem em sonho se pode jogar fora toda a rica história do povo hebreu.
Mesmo porque, de sua crença  , nascida do pacto firmado por Moisés com Javé nas , montanhas do Egito, sugiram as três principais religiões monoteístas modernas.
Eu condeno o holocausto, eu condeno o racismo contra o povo judaico, assim como toda e qualquer forma de discriminação contra judeus, negros, muçulmanos, ciganos e quaisquer povos, civilizações e  comunidades do mundo.
Já disse neste espaço que concordo inteiramente com  a cantora Ana Carolina: sou a favor da paz entre os filhos de Abrahão.

Toda a solidariedade às vítimas enterradas ontem em Jerusalém.
Sou pela construção do Estado Palestino, convivendo com o israelense e com todos os povos do Oriente Médio e do resto do mundo.

Mais do que nunca é preciso que a ONU e a comunidade mundial intervenham para conter o militarismo, o risco de uma guerra no Oriente Médio.

Um conflito somente favoreceria as grandes corporações, o capitalismo em sua maior crise neste 2012, e que a humanidade possa retomar o caminho da paz e da convivência entre todos os povos.

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