Mahamoud Abbas está certo. Presidente palestino classifica Holocausto como " crime mais atroz" . (Eu já disse aqui que todo mundo deveria visitar em Jerusalém o Museu do Holocausto. Existem outros por aí, inclusive, em Berlim e em Curitiba. O de Jerusalém, contudo, me parece o mais emocionante. Ninguém consegue sair indiferente ao drama enfrentado pelos judeus e demais povos vitimados pelo Holocausto depois de passar uns quatro ou cinco horas no " Yad Vashem".)
Netanyahu, por sua vez, fala em novo Holocausto por parte do Hamas. Este Netanyahu é um direitista e tanto...
O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, classificou neste domingo (27/04) o Holocausto como "o crime mais atroz que se produziu contra a humanidade na era moderna".
Segundo a agência palestina "Wafa", Abbas uniu-se às demonstrações de condolências a Israel, que lembrará a partir desta noite o Dia do Holocausto, conforme o calendário judeu, uma jornada de luto na qual serão acesas seis tochas e na qual amanhã soarão as sirenes por todo o país.
Neste contexto e dias após Israel dar por concluído o processo de paz negociador com os palestinos por causa do acordo de reconciliação alcançado entre o movimento islamita Hamas e o nacionalista Fatah para reunificar-se sob um mesmo governo, o líder do movimento nacionalista segue acreditando em um acordo.
"Durante a incrivelmente triste lembrança do Dia do Holocausto, fazemos um pedido ao governo israelense de aproveitar a atual oportunidade de paz para alcançar uma paz justa e completa na região, baseada na visão dos dois Estados: Israel e Palestina vivendo lado a lado em paz e segurança", declarou Abbas.
Israel fala em "novo Holocausto"
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, por sua vez, acusou o Hamas de querer provocar um novo Holocausto. "O Hamas nega o Holocausto e inclusive tenta criar um outro Holocausto com a destruição do Estado de Israel. Esse é o Hamas com o qual 'Abu Mazen' (o presidente palestino Mahmoud Abbas) decidiu formar uma aliança na semana passada", disse o primeiro-ministro israelense durante a reunião semanal de seu gabinete realizada hoje (27) em Jerusalém.
Segundo informações divulgadas por seu escritório, Netanyahu, no entanto, expressou sua esperança que Abbas "rejeitará esta aliança com o Hamas e retornará ao caminho para uma paz verdadeira", e ressaltou qual é a principal ameaça a seu Estado neste momento.
"O Irã lidera a lista daqueles que querem nossas vidas; declarou sua intenção de destruir-nos. Além de seus esforços para dotar-se de armas nucleares, braços iranianos financiam e treinam o Hamas e outras organizações terroristas em nossas fronteiras", comentou.
Netanyahu lembrou que "a principal diferença entre a vulnerabilidade dos judeus durante o Holocausto e sua situação atual é que hoje temos um Estado soberano forte com um Exército sólido que pode defender-nos contra os que querem nossas vidas."
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