Sitiantes da área rural de Rio Acima pedem ajuda
Giuseppe Moll Persichini
É angustiante e desanimador o que poderia ser classificado diante das agruras e do preocupante estágio de impotência e insegurança que ocorre hoje na área rural de Rio Acima-RMBH: Tangará, Cocho D’Água, Entorno da MG-030/Trecho da Estrada Real e Canto das Águas: arrombamentos constantes e roubos com requintes de violência, hostilizações e crimes ambientais contra sítios e casas rurais.
Essa situação de desamparo atinge centenas de sítios que são utilizados nos finais de semana por famílias à procura de lazer, sossego e descanso. E essa atividade é impedida, ultimamente, devido ao excesso de agressões, violência e impunidade.
Tem-se a impressão de que quadrilhas organizadas agem principalmente em razão da valorização dos terrenos e propriedades e que se aproveitam do caos instalado na região: Aplicam golpes com crueldade, aproveitando-se da fragilidade atual do quadro de policiais, principalmente civis ( sabe-se que, tanto Rio Acima quanto Raposos, estão sem Delegado de Polícia, e apenas um investigador atende às dezenas de ocorrências), tornando-se impossível desenvolver o trabalho de investigação e realizar oitivas para esclarecer os crimes.
A PMMG registra os B.O’s com agilidade, mas a ausência de investigadores impede a sequência de ações. Os policiais nada podem fazer. Estão engessados! É um “enxugar gelo” constante. Os marginais suspeitos continuam soltos, na sua sanha criminosa.
Deve-se ressaltar o empenho do destacamento da PMMG, da Guarda Municipal e da Polícia Civil de Rio Acima e de Nova lima. Toda semana é registrado outros B.O’s.
Conclui-se que os marginais, querem é desestabilizar, intimidar e forçar os sitiantes a desistirem e abandonar sua área.
E a razão é porque grande parte do sitiantes são ambientalistas, dentro da área de proteção da APA-SUL e Parque do Gandarela – e que não permitem fazer queimadas, montar armadilhas do tipo “espera” e “mundéu”; ou porque lutam pela efetivação do calçamento ecológico da ESTRADA REAL, Rio Acima a Itabirito; ou porque impedem o esbulho possessório de quem invade a propriedade e coloca placas falsas.
Os sitiantes falam sobre o seu direito de privacidade e ter momentos de descanso e passar horas agradáveis com sua família onde comprou com essa esperança. E chegam à conclusão de que estão vivendo um filme de horror, de frustração e de revolta.
Toda semana deparam com o dissabor de ver sua propriedade revirada e saqueada. Neste ano dezenas de sítios sofreram arrombamentos perpetrados com extrema violência - estouraram as portas e levaram pertences como diversos móveis, Sons, TVs, utensílios domésticos (panelas, pratos e talheres), ferramentas, roupa de cama, botijão de gás, bebidas etc. Apesar de repor semanalmente o que foi roubado, novamente voltam os saques.
São situações esdrúxulas que muitos chegaram a cogitar em desanimar, “entregar os pontos”, seja pela idade ou fragilizados por doenças e ficam vulneráveis. Mas refletem, sem pieguismo ou autoflagelo, que, após tantos anos de trabalho, querem o direito de usufruir da qualidade de vida na aposentadoria.
Comentários
Mesmo restrita a 8,5% de sua cobertura vegetal original, a Mata Atlântica continua perdendo remanescentes florestais e somente entre 2012 e 1013 foram quase 24 mil hectares desmatados, segundo o Atlas dos Remanescentes Florestais da SOS Mata Atlântica e do INPE. De acordo com o Atlas, Minas Gerais liderou o desmatamento pelo quinto ano consecutivo, com 8,5 mil hectares suprimidos, e a Rede de ONGs da Mata Atlântica vem reforçando a importância desse Estado enforcar as áreas passíveis de recuperação do bioma em suas políticas públicas ambientais.
Entre as causas da supressão de vegetação, confirma-se ali a mesma problemática comum aos Estados da Mata Atlântica, representada pela especulação imobiliária em torno dos núcleos urbanos, principalmente das médias e grandes cidades. Minas Gerais convive com a “moda” dos chamados condomínios de fim de semana, onde a população com mais recursos financeiros busca usufruir da natureza e sair das cidades áridas que ela mesma ajudou a construir.
A região metropolitana de Belo Horizonte tem os vetores Norte e Sul como os alvos mais intensos da especulação imobiliária. Segundo a Associação Mineira de Defesa do Ambiente (AMDA), no vetor Norte a especulação foi incentivada pelo próprio governo do Estado, quando este induziu o crescimento da capital para a área do aeroporto de Confins, sem considerar a variável ambiental no planejamento urbano.
De forma drástica, a expansão imobiliária já afeta dois importantes patrimônios ambientais e científicos do vetor Norte: primeiro, impacta diretamente os sítios arqueológicos da região, onde foi localizado imenso acervo de pinturas rupestres, fósseis como o da preguiça gigante e o conhecido crânio de Luzia, encontrado na região de Lagoa Santa; depois, vem afetando os maciços calcários e de remanescentes de Mata Seca (ecossistema associado à Mata Atlântica), Cerrado e Matas de Galeria, com espécies ameaçadas como o papagaio verdadeiro, onça parda, lobo guará e outros.
A respeito da matéria sobre arrobamentos e roubos em Rio Acima, gostaria de repassar a seguinte informação e/ou complemento que atualizará a matéria:
1. A delegada de Polícia II, Titular da Delegacia de Nova Lima, Rio Acima e Raposos, Dra Lorena Vaz de Melo, nesta 4ª feira, dia 03/06/2015,tão logo recebeu os BO'S feitos na PMMG de Rio Acima, por CARLOS ALBERTO MOLL PERSICHINI (heterônimo) sobre INVASÕES DE TERRA, ARROMBAMENTOS E ROUBOS QUALIFICADOS na área rural de Rio Acima, determinou aos Agentes de Polícia (investigador e Escrivão), Lamber e Rodney, para que se deslocassem até a propriedade do autor das denúncias para iniciar as diligências e investigações a respeito dos crimes cometidos e já citados e que estão sendo praticados há mais de dois anos;
2. Assim foi aberto, pela Polícia Civil, o Inquérito apropirado que será remetido ao JUIZ de Nova Lima;
3. Relatamos, outrossim, que a PMMG sempre teve a atenção e o cuidado de registrar os B.O.s, (são mais de trinta). Também a Guarda Municipal de Rio Acima, bem como a Polícia Civil sempre deram atenção às solicitações. E reafirmamos que as investigações nunca davam prosseguimento em razão da falta de agentes de polícia Civil nos quadros em Rio Acima. Ressaltamos também que só somente uma Delegada - a Dra Lorena Vaz de Melo - é quem acumula as funções e responde pelas três delegacias. E isto sempre dificultou o andamento normal das investigações.
E que agora, com a ajuda da Imprensa com certeza vai haver o prosseguimento dos trabalhos, o que proporcionará maior tranquilidade e irá amenizar o estado de horror verificado na região por tantos crimes praticados pelos marginais há tanto tempo.
Grato.
Giuseppe Moll Persichini
Denúncia Anônima Premiada
Recompensa-se bem quem der uma pista segura ou apontar os ladrões.
SIGILO TOTAL E RECOMPENSA EM DINHEIRO VIVO
Material roubado no Sitio D´Persi - Estrada Real - Rio Acima a Itabirito:
* MÓVEIS
- Mesa antiga-jacarandá, tampo de mármore, 6 cadeiras de palhinha;
- Mesa antiga- caviúna, tampo de vidro, com 6 cadeiras estofadas;
- Geladeira branca Consul;
- 3 Camas de casal - madeira de lei com colchões azuis plastificados;
- 1 Cama de solteiro com gaveteiro; 5 criados-mudo de madeira;
- 2 Poltronas grandes de courvin; 1 Espreguiçadeira de madeira;
- 3 Tamboretes de madeira; 1banquinho de madeira (fecha e abre);
- Cadeira de alumínio acolchoada;
- Banquinho de madeira (de abrir e fechar).
* UTENSILIOS DOMÉSTICOS
- 6 Panelas de ferro fundido (c/bifeteira), 2 de pedra e 1de cerâmica;
- 1 Jogo de panelas de alumínio completo;
- 36 pratos diversos; 60 talheres completos (garfo, faca e colher
- Copos, taças e xícaras de vidro; facas grandes para churrasco;
- Garrafas de bebidas diversas; Liquidificadores; Espremedor de frutas;
- Canecos de diversos tamanhos.
* DIVERSOS
- 2 Botijões de gás; Machado; Machadinha; 3 Serrotes; Chave de grifo;
- 6 Caixas grandes de PVC para guardar objetos e mantimentos;
- Forno de ferro fundido, Chapa Fogão à Lenha, Grelhas, espeto e bandejas da churrasqueira;
- 5 Boquilhas com os Lustres; 3 postes das luminárias do jardim;
- Cilindro do sistema de serpentina de água quente do fogão à lenha;
- 8 Secções da Chaminé do Fogão à Lenha; Torneiras/cozinha com filtro;
- Caixas de ferramentas (alicate, martelo, chave de fenda e de boca ETC);
- Roupas de cama (lençóis, fronhas, cobertores e edredons);
- Roupas pessoais; panos de prato, vassouras, rodos e panos de chão...;
- Porta de aço com grade de metalon - arrancada da saída da cozinha;
- Fertilizantes, nutrientes, NPK, superfostafo, carvão etc.
Ligue 99733-9183 Recompenso bem quem der uma pista comprovada. Garanto sigilo total.