DESAGREGAÇÃO DA UE, CRISE E SANÇÕES
A desagregação da União Europeia já começou. Intensificada com o Brexit, agora o edifício comunitário estala por todas as juntas. Já não há consensos e ninguém se entende nos seus organismos.
Tudo isto potenciado por crises bancárias. Na Alemanha paira a ameaça da explosão do sistémico Deutsche Bank, o qual tem uma exposição de 55,6 milhões de milhões de euros a instrumentos financeiros derivativos — quando os seus activos não passam de 575 mil milhões de euros.
Para comparação: esta exposição do Deutsche Bank a derivativos é 20,6 vezes maior que o PIB alemão (2,7 milhões de milhões de euros). Seria boa altura de a sra. Merkel & o sr. Schlaube aplicarem à Alemanha os remédios que impuseram à Grécia e a Chipre...
Em meio a essa crise, a entidade ilegal chamada Eurogrupo — ilegal porque não faz parte do organograma oficial da UE — ameaça sancionar Portugal por um suposto desvio de 0,2% na execução orçamental. E nos plagos lusitanos políticos e governantes servis tremem de terror diante de tal ameaça.
Quando em Portugal surgirá um governo digno que repudie os Tratados Orçamental, de Lisboa e de Maastricht, rompa com a UE, recupere a soberania monetária e liberte o país da opressão do capital financeiro?
Novo capítulo da novela das sanções: Dia 12/Julho o Eurogrupo decidiu impor sanções que ficarão registadas mas poderão não ser aplicadas (?). Os próximos capítulos serão em registo de apagada e vil tristeza: choradinhos a favor da não aplicação.
No século XVI Portugal teve audácia para dar novos mundos ao mundo. Era então um país soberano.
(Com Resistir.info)
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