80 ANOS DA GUERRA CIVIL ESPANHOLA (1936 - 1939)
Segunda-feira, dia 18/07/2016, às 18h30min.
Local: Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania
- Rua Hermilo Alves, nº 290, Bairro Santa Tereza - Belo Horizonte/MG.
Exibição do documentário:
- Indomables, una historia de Mujeres Libres
(Indomáveis, uma história de Mulheres Livres).
Documentário produzido por Zer Ikusi A e CGT-LKN Euskadi.
Direção: Juan Felipe (63 min. - 2012 - Espanha).
Sinopse:
Em meados de maio de 1936 aparecia o primeiro número da revista Mujeres Libres.Um ano depois, em agosto de 1937, se celebrava em Valencia o primeiro congresso estatal da Federação nacional de Mulheres Livres, uma organização feminista de corte anarquista que tinha por objetivo que as mulheres se liberassem por elas mesmas da cruel servidão da ignorância.
Esquecidas até por seus próprios companheiros Mujeres Libres chegou a contar com mais de 20.000 afiliadas. O turbilhão da guerra não lhes permitiu desenvolver seu programa "em paz", mas nada nem ninguém pode impedir que germinasse a semente que carregavam em suas entranhas.
O objetivo deste trabalho é, além de resgatar do esquecimento estas mulheres, denunciar (ainda que não goste do termo) a invisibilização a que são submetidas, não só a Mujeres Libres como também outras mulheres e grupos de mulheres que por coerência levam até o final sua dissidência e se mantêm à margem de estruturas pré-estabelecidas.
- Evento em rede social:
https://www.facebook.com/events/1005705149543586/
*Após a exibição do documentário haverá uma roda de conversa.
Organização:
Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania.
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★ 80 ANOS DA REVOLUÇÃO ESPANHOLA!
A Guerra Civil Espanhola teve início no dia 18 de julho de 1936 com a tentativa frustrada de golpe militar nacionalista/monarquista contra o governo republicano da Frente Popular. Através da ação armada de milícias formadas por socialistas, comunistas e anarquistas, a esquerda enfrentou a reação fascista. A Guerra Civil Espanhola se estendeu por três anos (1936-1939).
A Revolução Espanhola, que teve seu curso durante Guerra Civil Espanhola (1936-1939), foi certamente uma das mais significativas manifestações de luta emancipatória na história da humanidade.
Ao dar combate ao militarismo fascista e golpista da Falange Espanhola Tradicionalista de Franco e Primo de Rivera, anarquistas e extrema esquerda organizaram práticas que levaram às máximas consequências experiências vivenciadas de comunismo libertário.
Comunidades e cidades inteiras – sobretudo na Catalunha e em Aragão – socializaram terras, indústrias e a produção; aboliram a propriedade privada e o regime de salariado; implementaram a autogestão de trabalhadores a partir dos conselhos operários; construíram a democracia direta em todos os níveis; aboliram a polícia e o exército; combateram o criminoso fundamentalismo católico, um dos principais aliados da Falange; aprofundaram o internacionalismo proletário; radicalizaram a luta contra o patriarcado e efetivaram a emancipação feminina.
Em 1939, a Revolução Espanhola foi massacrada militarmente pelas forças de Franco em parceria com Mussolini e Hitler. Seguiram-se 36 anos de ditadura fascista sangrenta (1939-1975). Em conta conservadora, estima-se que pelo menos 500 mil pessoas foram mortas pelo franquismo, há mais de 200 mil desaparecidos – o poeta Garcia Lorca é um deles.
Somente no tardio ano de 2006, a Corte Espanhola e o Parlamento europeu condenaram o regime franquista como violador dos direitos humanos. Não percamos de vista que o rei Juan Carlos foi ungido pelo próprio Franco. O Pacto de Moncloa (1977) – que selou a transição espanhola – traz na sua essência a moderação, a conciliação e certo continuísmo.
Continua, portando, na Espanha como no Brasil, a luta pelos direitos humanos e pelo direito à história, à memória, à verdade e à justiça. Na Espanha, esta luta tem sido travada pelas vítimas do franquismo, seus familiares e pelos movimentos sociais.
Acreditamos que, tanto lá como aqui, o processo só avançará se mantiver a combatividade, a autonomia e a independência em relação aos governos, ao Estado, ao capitalismo e à institucionalidade – como foi a prática das revolucionárias e revolucionários na Espanha. Toda nossa solidariedade às vítimas da ditadura de Franco!
Franquismo e nazi/fascismo: ¡NO PASARÁN!
VIVA A REVOLUÇÃO ESPANHOLA!
Belo Horizonte, 12 de julho de 2016
Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania
Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania / I.H.G.
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Ônibus: 9103, 9210 e SC01 - Metrô: Descer na Estação Sta. Efigênia
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