KALIL RESSOA O QUE TODOS SABEM: ESTUPRAM O POVO

Enfim, meu Deus, o reconhecimento público de alguém ligado à cartolagem do futebol tupiniquim: o povo, o torcedor comum, o torcedor enrustido, os simpatizantes, todos nós estamos sendo estuprados pelo Clube dos 13 e Rede Globo de Televisão.

Ainda temos que pedir desculpas por estar de costas.

Já escrevi várias vezes sobre a elitização do futebol.

Tenham certeza de que este movimento não é algo que nasce normalmente no mercado, como qualquer outro produto.

Ele é plantado, idealizado por técnicos, economistas, cartolas, Globo, cada qual com seus interesses.

O ponto básico é o apartheid no futebol: pobres fora, ricos dentro das elitizadas arenas.

Pobre ficará na frente da tevê em telões espalhados pela cidade, em ginásios ou estádios menores, com ingressos baratos e sem qualquer investimento ou custo.

Ricos irão aos estádios desembolsar um mínimo de 100 dólares por cabeça. Todo lucro em torno do jogo irá para o mandante, com os percentuais de praxe.

Como fazer isso sem Flamengo e Corinthians, preferidos e apoiadores principais do evento e boizinhos de presépio da Poderosa?

Se você não leu, ou não viu, o que duvido, a Trincheira também reproduz tópicos da entrevista de Kalil na ESPN.

“O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) está sendo estuprado, mais do que isso: o povo do futebol está sendo estuprado”.

“Com o apoio do órgão, o Clube dos 13 retirou a cláusula de preferência utilizada pela Rede Globo carioca para adquirir os direitos de transmissão nos últimos anos”.

Alexandre Kalil admitiu que o Clube dos 13, formado em 1987 em oposição à CBF, perdeu a oportunidade de constituir uma liga.

Ainda assim, ele condena a posição de Corinthians, Flamengo, Botafogo, Vasco, Fluminense e Coritiba, que se manifestaram contrários à entidade.
No que tá certo, brigar com a CBF é gelada pelo suporte da Fifa.

Diz ele: "O Clube dos 13 nasceu para isso (ser uma liga de clubes, para se desligar da CBF), mas perdeu o trem. Temos que nos fortalecer como entidade de classe primeiro”.

“Hoje, ela representa os 20 principais clubes do Brasil e tem que defender a todos. Temos clubes que não têm a força que temos".

Segundo Kalil, o Clube dos 13 pode alcançar R$ 1,3 bilhão anuais. O lance mínimo para os direitos de TV aberta é de R$ 500 milhões.

Com TV a cabo, o execrável pay-per-view, telefonia móvel, internet e direitos internacionais, pode arrecadar outros R$ 800 milhões.

A impressão que tive: Kalil falava como próximo presidente de qualquer associação que venha substituir o Clube dos 13. Se vier. Verdade no futebol só dura...
Sigamos com Kalil: "O Atlético depende menos desse dinheiro do que outros clubes.- uai, Kalil descobriu uma mina de ouro, ou uma fábrica de fazer dinheiro?”

“Temos uma condição estável, estamos negociando com o governo para acertar umas contas. Não estamos preocupados com isso”.

“Mas e o Bahia, por exemplo? Eles não têm a força que nós temos, não conseguem vender (o patrocínio da) camisa por R$ 10, 15 milhões, precisam da ajuda do clube dos 13".

Ele convidou a imprensa para a abertura dos envelopes com as propostas das emissoras interessadas, evento marcado para o dia 11 de março. – Convite presidencial, não?

Kalil voltou a provocar os dissidentes, que apostam em conseguir um valor maior negociando em separado.

"Tudo que nos tiraram nesses anos, vão nos dar agora”,

“Quem não ver o dinheiro em cima da mesa tem que se explicar".

Alexandre Kalil criticou o racha que está acontecendo no Clube dos 13. Na quarta-feira, os quatro clubes grandes do Rio de Janeiro indicaram um rompimento com o C13.

Estes grandes de imensas torcidas discutirão seus direitos de transmissão de forma independente. É boa experiência.

Verão que uma coisa é vender merchandising das camisas com transmissão da Globo e outra é com a Record, que briga pelo segundo lugar com o SBT

O Corinthians rompeu totalmente com o Clube dos 13.
Kalil colocou sob suspeita o fato disso acontecer quase um ano depois da eleição do Clube dos 13.

"São R$ 3,9 bilhões em três anos, aproximadamente. A eleição foi em abril, reclamar agora é no mínimo curioso" declarou o Urso Pardo.

O que mais gostei foi saber que entre Cruzeiro e Atlético existe uma forma única de pensar: “"Eu tenho diferenças históricas com Zezé Perrela e todo mundo sabe disso”.

“Ele tem posição política antagônica a minha. Inclusive votou no Kleber Leite, na eleição do Clube dos 13”.

“Mas ele foi correto no que disse. Só sairá depois de ver as propostas na mesa, isso é coerência".
No entanto, Kalil criticou a presidente do Flamengo, Patrícia Amorim.

Afirmou que tanto o clube carioca quanto o Corinthians poderiam assumir um papel de liderança do C13.

"Poderiam assumir a liderança do processo. Mas avacalharam, tumultuaram e não quiseram sentar à mesa. É revoltante”.

“O Corinthians conversou separadamente com a TV Record. O Flamengo foi ao Fábio Koff (presidente do C13) pedir R$ 8 mil e uma semana depois saiu fora".

Com o devido respeito e perdão pela minha ignorância: o Fábio Koff preside qual clube filiado à entidade?

Flávio Anselmo
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