Trabalhadores ocuparão Congresso
por aumento real do salário mínimo

Karol Assunção
Jornalista da Adital
Adital
A decisão sobre o novo valor do salário mínimo está prevista para ocorrer através de votação na próxima quarta-feira (16), na Câmara dos Deputados. Para defender uma proposta intermediária de R$ 560, organizações sindicais prometem ocupar o Congresso Nacional amanhã (15). Os trabalhadores pediam, inicialmente, um salário de R$ 580; o Executivo, por sua vez, oferece R$ 545.
Para pressionar e chamar atenção de deputados sobre o tema, trabalhadores e trabalhadoras brasileiras ocuparão, amanhã, o Congresso Nacional. A mobilização é convocada por: Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Força, Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e União Geral dos Trabalhadores (UGT).
De acordo com Wagner Gomes, presidente da CTB, a mobilização, que contará com a presença de trabalhadores e trabalhadoras de várias regiões do Brasil, começará amanhã, a partir das 14h, e terminará somente após a votação. A ideia, segundo ele, é conversar com deputados e presidentes da Câmara e do Senado sobre a proposta do salário mínimo defendida pelas centrais sindicais.
"Agora, nós defendemos uma proposta intermediária. Nem os R$ 545 do Governo, nem os R$ 580 das centrais sindicais. Sugerimos uma proposta intermediária de R$ 560”, destaca. Para Wagner Gomes, a questão está justamente no aumento real do salário mínimo.
Segundo ele, o reajuste do salário mínimo é calculado de acordo o Produto Interno Bruto (PIB) dos dois últimos anos mais a correção da inflação do ano-base. "Acontece que o PIB de 2009 foi zero, o que significa sem aumento real [no salário mínimo] em 2011”, explica.
Dessa forma, Gomes destaca que a luta das centrais sindicais é em garantir um "aumento real” no salário mínimo de trabalhadores e trabalhadoras. O presidente da CTB lembra, inclusive, que o aumento real foi uma promessa do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da candidata à presidência, Dilma Rousseff, em 2010. "No ano passado, o presidente Lula e a candidata Dilma garantiram que o salário teria aumento real”, comenta.
Gomes ressalta ainda que as centrais sindicais querem do Governo apenas "o mesmo socorro” prestado para vários setores da economia durante a crise financeira. "Durante a crise, o Governo socorreu vários setores da economia – o que consideramos importante. Pedimos agora é que façam também o mesmo socorro com o salário”, demanda.
A indefinição sobre o valor do salário mínimo para 2011 não é somente entre Governo e centrais sindicais. Duas emendas também defendem valores maiores que o proposto pelo Governo: a do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), que sugere R$ 600; e a dos Democratas (DEM), que defende o reajuste para R$ 560.
Com informações de CTB e Agência Câmara de Notícias

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