Milhares de marroquinos exigem reforma constitucional
Milhares de manifestantes espalhados por cidades como Marrakesh, Alhoceima, Imzouren, Agadir, Oujda, Rabat, Casablanca e Tanger exigira que o rei Mohammed renuncie a parte dos poderes que lhe são atribuídos e que demita o governo e dissolva o parlamento. Os manifestantes reivindicam uma reforma constitucional e um sistema judicial mais independente, capaz de acabar com a corrupção instalada. Na capital Rabat, os manifestantes agitavam bandeiras da Tunísia e do Egito e gritavam: "Abaixo a autocracia!". Há relatos de violência grave. Os protestos em Marrakesh foram "dispersados pela polícia com cassetetes” e dois italianos teriam sido detidos em Casablanca. Os organizadores da manifestação estão sofrendo perseguição policial.A TV estatal marroquina está cobrindo as manifestações, mas a Al-Jazeera continua proibida de operar em Marrocos. Na noite de sábado, a televisão estatal anunciou que a mobilização teria sido desconvocada, mas os organizadores denunciaram uma operação de propaganda, alegando que as páginas do Facebook estariam sendo invadidas pelas forças de segurança.Os protestos foram organizados, segundo noticia a Reuters, por um grupo denominado Movimento pela Mudança de 20 de Fevereiro, que atraiu 20.000 seguidores no Facebook e que inclui simpatizantes da Frente Polissário, que reclama a independência do Saara Ocidental.Aos protestos juntaram-se jovens do grupo da oposição islâmico Justiça e Caridade, membros dos partidos da oposição e militantes berbere.(Com a Pátria Latina)
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