FENAJ denunciará prisão de jornalista brasileira nos EUA a organismos internacionais
Claudia Trevisan é correspondente do jornal em Washington desde o final de agosto e nos últimos cinco anos trabalhou na China
Foto: Reprodução
A Federação Nacional dos Jornalistas solidariza-se com a jornalista Cláudia Trevisan, presa em New Haven (EUA), no dia 26 de setembro, quando cobria a visita do ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, que participaria de um seminário na Universidade Yale. Além da prisão arbitrária, a FENAJ repudia a autuação da profissional por "transgressão criminosa".
Correspondente do jornal O Estado de São Paulo em Washington, Cláudia Trevisan , foi detida quanto tentava localizar o presidente do STF, que participaria do Seminário Constitucionalismo Global 2013. Informada pela assessoria da Escola de Direito da universidade que o evento era fechado à imprensa, pretendia esperar o ministro na saída do prédio onde ocorria o seminário.
Segundo o Estadão, Claudia ingressou no prédio para confirmar se o evento se daria ali e dirigiu-se ao policial DeJesus, em guarda naquele momento. O policial pediu para Claudia acompanhá-lo. Após prestar todas as informações de identificação, a jornalista foi algemada e mantida incomunicável por quase cinco horas, inicialmente dentro de um carro policial e depois em uma cela do distrito policial de New Haven. Só foi liberada após sua autuação por "transgressão criminosa" e terá que se apresentar diante de um juiz no dia 4 de outubro.
O Itamaraty, a embaixada brasileira em Washington e o consulado em Hartford, Connecticut, acompanharam o caso e disponibilizaram apoio jurídico à jornalista. O Estadão manifestou sua indignação à Escola de Direito da Universidade Yale, solicitou respostas a uma série de perguntas e acesso às imagens de câmeras de segurança do prédio.
Para a FENAJ tal ocorrência é um flagrante desrespeito à liberdade de imprensa e aos direitos humanos em um país que se auto-proclama guardião das liberdades e da democracia. O caso será denunciado à Federação Internacional dos Jornalistas e a organismos internacionais.
Brasília, 27 de setembro de 2013.
Diretoria da FENAJ
'Não forcei a entrada', diz jornalista brasileira presa nos EUA
Detida, algemada e mantida incomunicável dentro de uma viatura e uma cela do Departamento de Polícia da Universidade de Yale, em Washington (EUA), a jornalista brasileira Cláudia Trevisan, do jornal O Estado de S. Paulo, disse neste sábado, conforme informações do periódico, que não entrou escondido e não forçou a entrada. Ela aguardava a saída do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, de uma conferência na universidade, quando foi presa. A liberação ocorreu somente após ela ser autuada por "transgressão criminosa".
"Eu não entrei escondido nem forcei a entrada. Andei pelos corredores, olhei pelos vidros dentro das salas, subi dois andares, comprei uma água na cafeteria, sentei no pátio interno e concluí que o seminário não estava ocorrendo naquele edifício. Sai de lá e fui ao Wooley Hall, uma sala de concertos da Faculdade de Direito onde seriam realizados os eventos do seminário. As portas do lugar ficam abertas e a entrada é livre. Muitas pessoas usam o hall como atalho entre uma praça e a rua que fica do outro lado. Não havia ninguém para pedir informações na entrada", declarou ela ao Estado.
O Itamaraty acompanhou o caso em Brasília e colocou à disposição da jornalista seu apoio jurídico. Claudia Trevisan é correspondente do jornal em Washington desde o final de agosto e nos últimos cinco anos trabalhou na China. Segundo a jornalista, ela foi destacada para cobrir a visita de Barbosa à Universidade de Yale, onde participaria do Seminário Constitucionalismo Global 2013, e trocou e-mails com a assessora de imprensa da Escola de Direito da universidade, Janet Conroy.
"A grande questão é por que fui presa se obedeci ao policial, não ofereci resistência e pretendia sair do prédio. Ao que eu saiba, ser jornalista não é crime tipificado pela legislação americana"questionou ela. (Com a FENAJ/Terra)
'Não forcei a entrada', diz jornalista brasileira presa nos EUA
Detida, algemada e mantida incomunicável dentro de uma viatura e uma cela do Departamento de Polícia da Universidade de Yale, em Washington (EUA), a jornalista brasileira Cláudia Trevisan, do jornal O Estado de S. Paulo, disse neste sábado, conforme informações do periódico, que não entrou escondido e não forçou a entrada. Ela aguardava a saída do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, de uma conferência na universidade, quando foi presa. A liberação ocorreu somente após ela ser autuada por "transgressão criminosa".
"Eu não entrei escondido nem forcei a entrada. Andei pelos corredores, olhei pelos vidros dentro das salas, subi dois andares, comprei uma água na cafeteria, sentei no pátio interno e concluí que o seminário não estava ocorrendo naquele edifício. Sai de lá e fui ao Wooley Hall, uma sala de concertos da Faculdade de Direito onde seriam realizados os eventos do seminário. As portas do lugar ficam abertas e a entrada é livre. Muitas pessoas usam o hall como atalho entre uma praça e a rua que fica do outro lado. Não havia ninguém para pedir informações na entrada", declarou ela ao Estado.
O Itamaraty acompanhou o caso em Brasília e colocou à disposição da jornalista seu apoio jurídico. Claudia Trevisan é correspondente do jornal em Washington desde o final de agosto e nos últimos cinco anos trabalhou na China. Segundo a jornalista, ela foi destacada para cobrir a visita de Barbosa à Universidade de Yale, onde participaria do Seminário Constitucionalismo Global 2013, e trocou e-mails com a assessora de imprensa da Escola de Direito da universidade, Janet Conroy.
"A grande questão é por que fui presa se obedeci ao policial, não ofereci resistência e pretendia sair do prédio. Ao que eu saiba, ser jornalista não é crime tipificado pela legislação americana"questionou ela. (Com a FENAJ/Terra)
Comentários