Bloqueio econômico dos EUA tenta render povo cubano pela fome
O bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos a Cuba pretende há mais de meio século que sua população se renda por fome, com o objetivo de interromper o projeto social humanista que começou em 1959 na ilha caribenha.
Os alimentos não deveriam ser usados como instrumento de pressão política e econômica, destaca o relatório cubano chamado "Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba".
A política de Estado exercida pela Casa Branca viola o direito à alimentação do povo cubano, pois se propõe a impedir o acesso regular aos mercados internacionais, incluídos os produtores estadunidenses. Este setor, por sua natureza, continua sendo um dos mais sensíveis afetados pelo bloqueio, enfatiza o documento.
A procura de mercados para a importação de insumos para a indústria alimentar, alguns bastante distantes; o consequente encarecimento dos custos e despesas adicionais de transporte marítimo; os tipos de câmbio mais caros devido à proibição de usar o dólar estadunidense nas transações, entre outras, são algumas das principais consequências que o setor sofre.
À União Nacional Avícola - o texto usa como exemplo - foi negado acesso à tecnologia de criação norte-americana e de outros países que utilizem componentes ou patentes estadunidenses. Uma situação parecida enfrenta o Grupo Empresarial Porcino com tecnologias de ponta para criação.
Estes fatores tecnológicos mencionados incidem na baixa viabilidade, excessos de mortes por doenças evitáveis e curáveis, perda de animais por doenças e crescimento de animais com transtornos em seu desenvolvimento normal.
Por sua vez, a empresa mista Coracan S.A. viu o encarecimento de sua produção devido a custos e despesas adicionais por transporte marítimo da matéria prima de importação, já que não pode ser comprada diretamente de mercados próximos, como o próprio norte-americano.
Tal é o caso do Neotame, adoçante hipocalórico artificial (não nutritivo). A fabricação e comercialização desse produto estão monopolizadas pela estadunidense The Nutrasweet Company, com filiais no mundo inteiro.
O Grupo Agroindustrial de Grãos se vê impossibilitado de atualizar com novas tecnologias sua indústria de arroz, em funcionamento há mais de 50 anos, porque provêm dos EUA. Maquinarias, peças e repostos devem ser adquiridos em um mercado ao qual a maior das Antilhas não tem acesso. Esta limitação afeta entre seis e oito porcento a qualidade da arroz produzido para o consumo, diminuindo o rendimento industrial. Nestas circunstâncias, deixa-se de produzir ao ano entre três e quatro mil toneladas de arroz para o consumo.
Em Cuba, foi estabelecido um dos programas de proteção social mais integrais do mundo, que permitiu erradicar a fome. A segurança alimentar da população, estreitamente interrelacionada às dimensões econômica, social e ambiental do desenvolvimento, é uma prioridade estratégica do país.
A vontade política do governo cubano e suas conquistas destacadas na luta por erradicar completamente a fome no país foram premiadas pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).
(Com Prensa Latina)
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