Trincheira do Flávio Anselmo

                                                                

DOIS CASOS E DUAS SITUAÇÕES EM FAVOR DO FUTEBOL


Passamos por situações inusitadas a partir esta semana no futebol brasileiro, desde o imbróglio promovido pela Portuguesa  que escalou na última rodada - já classificada - o zagueiro Heverton, sem condições legais.

O próprio advogado da Lusa, Osvaldo Sestário, declarou que o tricolor carioca herdará a vaga do seu patrocinado, na sessão de segunda-feira no STJD. Esse cara já advogou, também, o Fluminense, no tribunal na defesa do meia Felipe.

A Portuguesa deverá perder, no tapetão e na pressão, quatro pontos por escalar Heverton, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, e não poderia ter jogado contra o Grêmio, na última rodada.

A diretoria da Portuguesa diz que não foi informada da punição ( o STJD nem toma conhecimento deste fato), porém Sestário contesta e afirma que avisou, por telefone, que Heverton estava suspenso por dois jogos.

Se perder estes pontos a Lusa despenca pra dentro do buraco negro e o Fluminense será salvo.  

Nesse País que não cumpre nenhuma lei, o fato de a Lusa ser punida com perda de pontos, representa o bem. A situação do advogado, no entanto, é estranha. É o mal.
O Fluminense ser mantido na Divisão A e a Lusa cair, ainda que pareça virada de mesa, ou esquema da CBF pra proteger o campeão nacional de 2012 faz bem.
O tricolor é time da prateleira de cima, mesmo driblando o bom-senso com seu poderio. Tem torcida e bilheteria. A Lusa sobrevive num sobe-e-desce eterno. E sem torcida.

TESE DE CARRARO

O meu conterrâneo Mário César Carraro, filho de família ilustre da Santa Terrinha, é tricolor linha de frente - tem mandado sempre colaborações pra Trincheira, quando não aprecia os comentários de seu titular. Agora afirma:
"Temos que decidir no Brasil se as regras ou as leis valem ou não valem. O que não pode é a regra/lei valer quando é do meu interesse e não valer quando não é do meu interesse".
"Afinal de contas te pergunto: na sua opinião, as equipes podem escalar jogadores suspensos sem serem punidas? Se essa é a resposta é sim, a partir do próximo campeonato vamos acabar com a suspensão por cartões amarelos ou vermelhos e todos jogarão sabendo dessa regra".
"Mas retroagir é impossível. Só um exemplo. Fred, o principal jogador do Fluminense, ficou de fora de dois jogos pela suspensão que sofreu por ter sido expulso contra o Vasco no primeiro turno".
" Se soubesse que escalar jogadores suspenso não acarretaria em punição, como querem os que dizem que a Lusa será punida pra ajudar o Fluminense, o Fluminense poderia ter o escalado nos jogos contra o Grêmio e o São Paulo.
Ações semelhantes poderiam ter sido tomadas vários clubes.Saudações Caratinguens
Trincheira: minha resposta está no tópico de cima. Abs Mário César.
SUSPEITA CONTINUA



O Fluminense ganhará a questão no STJD, porém nada afastará a suspeita de que o advogado da Lusa tenha alguma culpa no cartório.



NEYMAR É VICE-REI



Sem Lionel Messi em campo, o torcedor catalão vibrou com a atuação de Neymar contra o Celtic, na Liga dos Campeões.

A Joia não havia marcado nenhum gol no torneio. Marcou logo três na goleada de 6 a 1 e deu várias assistências. No camarote, Messi aplaudiu o vice-rei do Barcelona.


SAI PONTE ENTRA FOGÃO



O entusiasmo da centenária Macaca foi até longe demais na Copa Sul Americana de Futebol. Empatou no Pacaembu (1 a 1) com o Lanus e tomou de 2 a 0 em Buenos Aires.

Com isso, o grupo de participantes brasileiros na Copa Libertadores foi reforçado pelo quarto colocado no Brasileirão- o Botafogo- e não por uma equipe rebaixada.

Nossos cumprimentos à Ponte Preta, rebaixada pra Segundona, pelo ótimo trabalho na Sul Americana, mas não havia mesmo espaço pra ela na Libertadores.



CASABLANCA SEGUE



Joguinho -termo carinhoso, viu meu Bom! - danado de bom. Corrido, disputado com técnica e com determinação este entre Raja Casablanca x Auckland City na abertura do Mundial de Clubes.

Os marroquinos do Casablanca foram melhores o tempo todo e tiveram apoio de quase 40 mil pessoas que lotavam o estádio de Agadir. 

Sofreu pacas pra vencer por 2 a 1.

Vencia por 1 a 0 e sua defesa arrumou atrapalhada dos conformes entre três zagueiros contra um adversário. Ainda assim tomou o empate.

A decisão caminhava pra prorrogação e pênaltis quando o Raja marcou 2 a 1 aos 46m do segundo tempo.

O Raja Casablanca agora enfrenta o Monterrey, neste sábado, e desta partida sairá o adversário do Atlético. Qualquer um deles será um osso. O mais duro, contudo, me parece o marroquino.


JÔ ACREDITA



Se você conversar cinco minutos com o goleador Jô mergulhará de cabeça no grupo daqueles torcedores que acreditam de corpo e alma no Galo campeão.

Direis: não poderia ser outro o pensamento de um atleta profissional. Tudo bem. Alguns escorregam: "é jogo difícil, o time deles é forte, vamos ver se a sorte ajuda nois, etc, etc.

Jô falou à Itatiaia: "Eles são favoritos, porque têm um time jogando junto há tempo. Mas não são imbatíveis".

Jô tomou como exemplo a perda da invencibilidade de 24 jogos, pelo Bayern, diante do Manchester City, após abrir 2 a 0 e levar 3 a 2. Jogo da Liga dos Campeões.
Lembrou, ainda, o Barcelona de Ronaldinho em 2006, sendo derrotado pelo Internacional. "Mas antes temos uma semifinal para ganhar e precisamos vencer".


Flávio Anselmo
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