VAMOS RESGATAR A CASA DO JORNALISTA!
"Companheiras e companheiros,
De uma forma ou de outra, todos nós participamos, em algum momento, da vida da Casa do Jornalista. Por isso, cremos que é chegada a hora de procurarmos resgatar nossa entidade, há muito à mercê da vontade política – ou da falta dela – das diretorias que se sucedem em nosso Sindicato.
Criada em 1965, como retaguarda para uma possível intervenção em nossa entidade sindical, o patrimônio físico da Casa, à Avenida Álvares Cabral, foi então doado ao Sindicato, com a condição de que ali funcionasse a Casa do Jornalista de Minas. Essa condição foi revogada em 1983, a partir de quando o Sindicato passou a ser o proprietário absoluto do espaço, sem qualquer restrição.
Cabe à diretoria do Sindicato indicar os membros da Casa. Em muitos momentos, como devem se lembrar, as eleições foram casadas, isto é, as chapas para ambas as entidades se apresentavam simultaneamente à categoria, e quem votasse em uma automaticamente estaria votando na outra.
Propusemos a readoção desse processo à atual diretoria do sindicato, que a recusou.
Diante disso, e da incompreensão de nossos dirigentes sindicais sobre a importância da Casa e seu papel no sentido de fortalecer o Sindicato, decidimos propor à categoria, em assembleia, a desvinculação das duas entidades. Hoje, o Sindicato não tem qualquer obrigação estatutária para com a Casa. Se ele quiser que ela simplesmente não funcione, basta não indicar seus diretores ou mesmo não assegurar a eles mínimas condições de trabalho, como tem acontecido nos últimos 10, 15 anos.
A desvinculação que propomos não significa qualquer ruptura política, mas apenas assegurar à Casa a possibilidade de existir, prestando importante trabalho aos jornalistas e à sociedade, mesmo que a diretoria à frente do Sindicato não a coloque em suas prioridades ou com ela não colabore, como há muito vem ocorrendo. Caso haja vontade política da diretoria do Sindicato – em qualquer momento e qualquer que seja ela, independentemente de sua coloração político-ideológica - de realizar um trabalho conjunto, tanto melhor, bastando que as direções das duas entidades celebrem convênios de cooperação.
Dessa forma, a Casa poderá ter vida própria, dedicando-se à sua vocação cultural e procurando ser um espaço de integração dos jornalistas e da sociedade mineira, especialmente a belohorizontina, promovendo debates sobre temas de interesse geral – como já vem sendo feito -, organizando eventos artísticos, performances, encontros e muitas outras atividades, compatíveis com suas funções de servir de canal de reflexão, estímulo à produção cultural e entretenimento.
Belo Horizonte, 14 de abril de 2011
Eduardo Nunes Campos – presidente atual da Casa do Jornalista de Minas"
Cabral, 400- será proposta a desvinculação da Casa do Sindicato.
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