Ano do Brasil em Portugal
Foram lançadas oficialmente ontem (21) em Lisboa as ações do "Ano do Brasil" em Portugal, um importante programa de intercâmbio cultural entre os dois países. O "Ano de Portugal" no Brasil teve início no dia sete deste mês.
A primeira ação, uma exposição de livros, foi realizada na praça Rossio, centro de Lisboa. Vários escritores brasileiros de fama internacional marcaram presença, conversando com leitores portugueses e autografando os livros.
Esse programa de intercâmbio cultural começou em sete de setembro, Dia da Independência do Brasil e irá durar até o Dia Nacional de Portugal do próximo ano, em 10 de junho. Apresentações teatrais, concertos, exibições de filmes e exposições artística serão realizadas nos doRepresentando toda expressividade dos designers brasileiros, duas exposições, 'Design Brasileiro - Mobiliário Moderno e Contemporâneo' e 'Personagens e Fronteiras: Território Cenográfico Brasileiro' - 'ambas em cartaz no Museu do Design e da Moda (MUDE) de Lisboa até o dia 4 de novembro -, dão início às atividades do Ano Brasil em Portugal.
Na mostra 'Personagens e Fronteiras', que levou no último ano a Triga de Ouro da 12º edição da Quadrienal de Praga, o maior evento mundial dedicado à cenografia, os visitantes são convidados a percorrer universos de contraste.
Nesta, há peças de móveis, como a 'poltrona Astúrias balanço', de Carlos Motta, que se afundam no silêncio e na areia da praia (elemento que revela a inspiração do artista) e, logo ao lado, uma chamativa estrutura rosa reúne vídeos, fotografias, modelos e adereços de grupos teatrais sob um alvoroço de trilhas musicais.
Essa disparidade entre as expressões artísticas nutre o olhar comum à produção dos designers brasileiros que estão nessas duas mostras, explicou à Agência Efe Aby Cohen, curadora da mostra junto a Ronald Teixeira.
'A representação do Brasil é a representação da mistura. Esta mistura também é o que aproxima o país de outras culturas com as quais tem relação e influência, como a portuguesa', completa a curadora.
Segundo Aby, essa exposição é uma seleção das obras que mesclam os tradicionais espaços cênicos e 'as quebras de regras do espaço convencional', como acontece no Rio de Janeiro e São Paulo com as performances de rua que são representadas na mostra.
Este 'trânsito dos artistas' de um espaço para outro, que permite um maior diálogo entre as galerias, os teatros e a rua, é o grande destaque na experimentação das artes cênicas no Brasil, explicou Aby.
A prova disso é que a exposição 'Design Brasileiro - Mobiliário Moderno e Contemporaneo' também trabalha noções de contrastes com diferentes visões.
Por um lado, o Brasil das peças modernas, planejadas a partir dos anos 40 e durante a ditadura (1964-1985). Do outro, o país das criações contemporâneas surgidas a partir de grande marcos, como a exposição 'Os incômodos' (1989), dos irmãos Humberto e Fernando Campana.
Para o design Zanini de Zanine, curador desta exposição ao lado de Raul Schmidt, esses trabalhos são definidos com dois adjetivos: 'informalidade e aconchego', que se diferenciam 'pela pluralidade de materiais e propostas'.
Uma variedade que pode ser observada na 'cadeira África' de Rodrigo Almeida, formada por coloridas cordas de suspensão. São objetos que se ambientam entre a condição de móvel, com um fim específico como se sentar e escrever, e a obra de arte, desenhada para ser observada, explicou Schmidt.is países.(Com a Rádio Internacional da China/Efe/MSM/Divulvação)
Comentários