PERSEGUIÇÃO AOS BISPOS E PADRES PROGRESSISTAS EM MINAS GERAIS NA DITADURA CÍVICO-MILITAR
Em 1972, o Centro de Informações da Marinha – Cenimar, solicita ao DOPS de Minas Gerais uma ampla investigação sobre as atividades do Equipo de Docentes da América Latina – Edal.
Segundo publicações do Edal, o movimento “consiste de equipes cristãos de educadores que trabalham preferentemente na Escola Pública, buscando contribuir os esforços na promoção de uma educação de qualidade ao alcance de todos(as)”.
O Edal nasceu na França, ao finalizar a Segunda Guerra Mundial. Jóvens mestras, junto ao seu assessor, el Padre Michel Duclercq, sentiram a necessidade de ter um espaço para refletir seu atuar docente e cristão.
Esse posicionamento, aliado às novas posições adotadas após as Conferencias de Medellín e Puebla assustaram os militares contaminados pelo anticomunismo.
A partir de 1970 começam a surgir na Igreja Católica lideranças progressistas que entraram em choque com os militares, instalados na administração do país desde 1964, por estarem pondo em prática idéias advindas do Vaticano II, e das Conferências Latino Americanas de Medellín e Puebla.
Os documentos anexados traçam um roteiro de perseguição às atividades do Edal em Minas Gerais e fazem parte do Arquivo DOPS do Estado de Minas.
Descrição da Pasta Pasta: 1230
Rolo: 027
Data: mar. 1968 – dez. 1968
Imagens: 43 (Com o Pravda Ru)
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