Funcionários do Incra param por 22% de reposição salarial


                                                        

A paralisação dos servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) atinge pelo menos dez das 30 superintendências do órgão, segundo balanço da Confederação Nacional das Associações dos Servidores do Incra. Os trabalhadores estão em greve por tempo indeterminado desde a manhã de segunda-feira.
A categoria reivindica a reestruturação de carreiras, reposição salarial de 22%, novas contratações por concurso público e melhoria das condições de trabalho.
Dirigente da confederação, Reginaldo Marcos Aguiar informou à Agência Brasil que até a próxima terça-feira outras superintendências também devem aderir à paralisação. “As assembleias ainda estão acontecendo nos estados. Nossa expectativa é fazer a greve chegar a 70% ou até 90% dos locais de trabalho na próxima semana”, disse Aguiar. “Hoje, a greve já atinge regiões que concentram mais da metade dos assentados no país.”
De acordo com a Associação dos Servidores do Incra no Paraná (Assincra-PR), a adesão à greve no estado chega a 40%. Dos 150 servidores do Incra no Paraná, 60 estão parados. Os trabalhadores permanecem em vigília diante da sede estadual do órgão, em Curitiba. “Estamos fazendo contatos com parlamentares e planejando algumas manifestações públicas, que não fizemos até agora em razão da chuva”, informou João Wagner Silva, diretor da associação.
Entre os serviços do Incra que devem ser afetados pela greve estão a regularização fundiária, a certificação de imóveis rurais, o acesso a crédito, a atualização cadastral de propriedades e os pedidos de aposentadoria de trabalhadores rurais.
De 1985 a 2011, o quadro de pessoal do Incra foi reduzido de 9 mil para 5,7 mil trabalhadores. No mesmo período, o total de famílias assentadas atendidas pelo órgão subiu de 117 mil para cerca de 1 milhão. Pelo menos dois mil servidores do Incra estarão em condições de se aposentar até 2014, o que aumentará o déficit de pessoal do órgão.
A categoria reclama ainda de distorções salariais em relação aos servidores de outros órgãos públicos. A última greve do Incra, ocorrida em 2010, durou até dois meses em alguns estados. (Com o Correio do Brasil)

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