Todas as homenagens a Vitor Giannotti, fundador do Núcleo Piratininga de Comunicação e da Livraria Antonio Gramsci

                                                                   

Comunistas, socialistas, progressistas e todos aqueles comprometidos com a luta por uma sociedade mais justa amanhecemos mais tristes nessa manhã de 25 de julho. A notícia do falecimento de Vito Giannotti corria por redes sociais e outros meios desde o início da madrugada desse sábado. O lamento somente se comparava à incredulidade em relação à trágica notícia, a todo instante confirmada por diversas fontes.

A pergunta que se faz é “Como pode? .. “Ele esteve comigo esses dias!”… A presença sempre marcante, combativa, generosa, companheira, descontraída e carismática de Vito transmitia uma ideia de imortalidade e um sentimento de que “sempre estará entre nós”.

Nascido no começo dos anos 1940, na Itália, desde meados dos anos 1960 morava no Brasil. Um eterno trabalhador, seja como operário metalúrgico e sindicalista nos anos 1970/80 ou, nos últimos tempos, como um profissional completo da área da comunicação e recentemente livreiro especializado na literatura e na teoria revolucionária de esquerda.

Vito sempre deixou uma forte marca como comunicador e, por que não dizer, um agitador político. Intelectual orgânico, esse militante exemplar dedicou o melhor da sua vida ao esforço da formação do proletariado em classe. 

Unitário e respeitado por todas as correntes de esquerda, colaborou com diversas organizações do campo socialista, sempre evidenciando a necessidade de criarmos e melhorarmos a comunicação entre as próprias organizações e principalmente, melhorar a comunicação e o diálogo direto com a classe trabalhadora.

Fundador do Núcleo Piratininga de Comunicação e da Livraria Antonio Gramsci, promovia palestras, oficinas, cursos, diversos eventos dedicado a esse fim, além de ter publicado 20 livros dedicados ao tema. 

Figura marcante em todas as articulações, lutas e movimentações políticas progressistas, Vito se destacou como um militante ativo, capaz de dialogar entre divergências e construir consensos e unidades. Diversas ações unitárias da esquerda sempre tiveram nele um articulador, um entusiasta, um militante intenso e dedicado.

Vito figura entre os imprescindíveis. Sua vida permanecerá em sua obra, em seus exemplos e na luta a que tanto se dedicou. (Com o portal do PCB)