A IMPORTÂNCIA DO VOTO EM EDGAR SILVA (ELEIÇÕES NESTE DOMINGO EM PORTUGAL)
Depois do grandioso comício no Porto e de um número incontável de iniciativas que prosseguem com crescente dinamismo por todo o País, a candidatura de Edgar Silva realizou, no domingo passado em Lisboa, novo comício que fez transbordar a nave central do Pavilhão de Congressos (antiga FIL) com a participação de cerca de 6000 pessoas. Uma extraordinária mobilização não comparável à de nenhuma outra candidatura e que se traduziu numa verdadeira onda de entusiasmo e confiança.
Ali esteve uma impressionante moldura humana a revelar o progressivo alargamento do apoio popular ao projecto e aos valores da candidatura de Edgar Silva que assume os compromissos de defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição; defender e aprofundar o regime democrático; defender os direitos, liberdades e garantias dos trabalhadores; defender os direitos sociais; promover o crescimento económico e o desenvolvimento; lutar contra a exclusão social e pela erradicação da pobreza; garantir toda a prioridade às crianças e combater o crime da pobreza infantil; afirmar o Estado participado e descentralizado, no respeito pelo seu carácter unitário; atender à diáspora portuguesa e defender a soberania e a independência nacionais.
Extraordinária expressão de massas que reflecte, por um lado, o esforço de esclarecimento e mobilização de milhares de militantes e amigos do PCP, de jovens, activistas, democratas e patriotas e, por outro lado, o alargamento da consciência sobre o papel insubstituível desta candidatura para a derrota do candidato da direita, Marcelo Rebelo de Sousa, com quem PSD e CDS, desejosos do retrocesso e da «révanche», pretenderiam aprofundar a política de exploração, empobrecimento e declínio nacional prosseguida nos últimos quatro anos.
Um comício que é também demonstrativo da progressiva simpatia, influência e prestígio social da candidatura de Edgar Silva a evidenciar potencialidades para novos avanços na mobilização para o voto e reais possibilidades para influenciar decisivamente a derrota de Marcelo.
Potencialidades e possibilidades que exigem às organizações do PCP, aos seus militantes e amigos, aos jovens, aos democratas e patriotas que se envolvam na dinamização e reforço do apoio a esta candidatura e que, até ao dia 24, tudo façam para garantir o seu sucesso, inclusive na fiscalização do acto eleitoral.
Nada está decidido. Tudo está em aberto. Não há vencedores antecipados e as sondagens não são votos. Está nas mãos do povo decidir, também nestas eleições, um outro rumo para o País. Mas, para isso, é preciso que nenhum voto falte à candidatura de Edgar Silva porque quanto mais votos tiver, como referiu o Secretário-geral do PCP no comício de domingo, «menos hipóteses tem Marcelo Rebelo de Sousa de vencer e mais se reforça e ganha força o amplo movimento de democratas e patriotas que lutam por uma verdadeira mudança capaz de garantir o progresso e o desenvolvimento do País». «Os votos em Edgar Silva – referiu ainda – não se perdem em nenhuma circunstância, porque se projectarão no desenvolvimento da luta futura por um Portugal melhor, mais justo, mais solidário e mais fraterno».
É bom ter-se presente que no dia 24 se decide muito do que se quer para o futuro do País.
Entretanto, num plano mais geral, prossegue a acção do PCP sempre norteada pelo compromisso com os trabalhadores e com o povo. Na passada sexta-feira, a Assembleia da República votou, na generalidade, a reposição do horário das 35 horas na Administração Pública, objectivo pelo qual o PCP, autor de um dos projectos aprovados, se vem batendo desde que o anterior governo do PSD/CDS, em 2013, impôs o aumento do horário de trabalho para as 40 horas semanais.
Proposta de grande alcance foi igualmente a medida tomada, no mesmo dia e também com a destacada intervenção do PCP, de protecção da morada de família face a penhoras decorrentes de execuções fiscais do Estado, verdadeiro drama, hoje, para muitos portugueses.
Entretanto, no debate quinzenal com o primeiro-ministro, o camarada Jerónimo de Sousa ao mesmo tempo que evidenciava a nova situação hoje vivida no País, contrastante com a realidade imposta pelo governo PSD/CDS, e valorizava as medidas positivas já tomadas em vários domínios, chamava à atenção e questionava o Governo, em primeiro lugar, sobre a situação dos reformados e pensionistas, para a insuficiência das medidas já tomadas, depois de anos de congelamento e de cortes nas reformas e pensões e que ficaram muito aquém das respostas necessárias para romper com a política de retrocesso social que lhes foi imposta pelo anterior governo. Em segundo lugar, para o grave problema das privatizações promovidas à pressa e para lá dos limites legais pelo anterior governo, entre elas, a da TAP, com a total oposição do PCP e a da CP Carga a que o actual Governo pretende dar continuidade. Uma decisão que a manter-se corresponde à continuação da política de alienação de activos estratégicos, de desmembramento do sector ferroviário nacional e de prosseguimento de um caminho errado e prejudicial para o País, para a economia e desenvolvimento da produção nacional.
A três dias do acto eleitoral, projectemos o apelo do Secretário-geral do PCP no comício do passado domingo: «Daqui dizemos aos trabalhadores, ao povo português que contamos com o seu apoio, que contamos com o apoio a esta singular e combativa candidatura de Edgar Silva, daqui lhes garantimos igualmente que podem também contar com esta força imensa, de luta, de esperança e de construção do futuro».
(Editorial do jornal "Avante")
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