Eleições em Portugal. Deu Marcelo na cabeça

                                                                
Portugal: Boca de urna aponta vitória apertada de Marcelo Sousa em eleições marcadas por recorde de abstenção

De acordo com pesquisa da Universidade Católica, que goza de grande grau de confiabilidade, Sousa tem entre 49% e 54% dos votos

Marcelo Rebelo de Sousa (foto), candidato apoiado pelo atual presidente português, o conservador Aníbal Cavaco Silva, obteve entre 49% e 54% dos votos nas eleições presidenciais deste domingo (24/01). O socialista Sampaio da Nóvoa ficou em segundo lugar, tendo entre 25% e 22% dos votos.

Em terceiro lugar, ficou Marisa Matias, do Bloco de Esquerda, que obteve a importante votação, em torno de 11% e 9% dos votos. Números foram comemorados por seu comitê eleitoral.

Votação se encerrou às 18h (horário de Brasília)

Já a socialista Maria de Belém ficou em quarto lugar, fato que surpreendeu muitos dos que a apoiaram na votação.

De acordo com a Constituição portuguesa, para ganhar em primeiro turno, o candidato deve obter 50% dos votos mais um.

O que mais chamou a atenção nas eleições presidenciais em Portugal, realizadas neste domingo (24/01), foi o alto índice de abstenção. Mais de 9,7 milhões de cidadãos estavam habilitados para votar, mas a abstenção chegou a 54%. De acordo com analistas portugueses, trata-se da maior taxa já ocorrida em uma eleição em que o candidato não concorre à reeleição.

Muitos atribuíram a baixa participação à falta de clareza com relação à importância política do presidente no sistema parlamentarista português. Isso porque no país ibérico, a figura do presidente não é meramente institucional e tem um papel-chave, sendo a máxima autoridade do Estado e o comandante em chefe das Forças Armadas, por exemplo.

Aos 67 anos, o "professor Marcelo", como é conhecido popularmente, entrou por anos nos lares dos portugueses aos domingos à noite para comentar os assuntos mais destacados da atualidade nacional e internacional, inclusive com entrevistas, como a que fez com Cristiano Ronaldo em sua casa em Madri.

Ele foi vereador em Lisboa e Cascais, deputado, secretário de Estado, vice-presidente do PPE (Partido Popular Europeu) e membro do Conselho de Estado. (Com Opera Mundi)

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