Nenhuma demissão, nenhuma perda de direitos, readmissão dos metalúrgicos demitidos já!

                                                                        
"Está em andamento no Brasil um grande ataque aos direitos dos trabalhadores. Em 29/09/2014 foi divulgada pela imprensa uma entrevista dada por Benjamin Steinbruch, presidente da CSN. Nessa ocasião, além de se posicionar contra os direitos trabalhistas ele ataca, por exemplo, o horário de almoço: “Você vai nos EUA e vê o cara almoçando com a mão esquerda e operando… comendo o sanduíche com a mão esquerda e operando a máquina com a mão direita, e tem 15 minutos para o almoço, entendeu?”.

Nesse momento ele estava como Presidente Provisório da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), ou seja, a sua fala não foi uma ação isolada, ela refletiu os pensamentos da burguesia brasileira que defende medidas deste tipo. Portanto, as demissões em curso na CSN e seus objetivos fazem parte de um conjunto de ações que já vinham sendo planejadas.

A CSN anunciou em dezembro que realizaria demissões que poderiam chegar aos milhares e, junto com essas ameaças, a exigência de acabar com direitos como o turno de 6 horas, suspensão do pagamento dos adicionais de 70% do abono de férias e de horas extras/ noturnas. As demissões estão ocorrendo. No dia 13/01/2016, a empresa admitiu publicamente já ter demitido 700 operários da administração direta e das terceirizadas. 

As pressões continuarão, não podemos nos iludir, há vozes na cidade pregando que as tais 700 demissões seriam um mal menor. Essas falas são uma farsa, pois em breve inicia-se a campanha salarial e a empresa prepara seu bote. A CSN mantém os trabalhadores sob constante pressão, expostos a condições inseguras de trabalho, bem como prejudiciais à saúde. Toda essa situação ocasionar o aumento de acidentes na empresa, inclusive levando poderá ocasionar a morte de trabalhadores como já ocorreu em anos anteriores.

Nós da Unidade Classista reafirmamos que as manobras da CSN não são ações isoladas. A USIMINAS em Cubatão anunciou também milhares de demissões. A CSN e a USIMINAS são duas grandes empresas que fazem parte do Cartel do Aço no Brasil, ou seja, controlam o mercado, determinando os preços. Os grupos que as adquiriram em condições altamente favoráveis desde que foram privatizadas sempre obtiveram altas taxas de lucros. 

Defendemos que essa situação criada pela CSN não deve ser enfrentada apenas pelos trabalhadores de Volta Redonda, mas também nacionalmente, pois elas fazem parte de um projeto maior com amplas consequências negativas para todos a classe no Brasil. A Unidade Classista faz parte do conjunto das forças políticas e sindicais que na cidade de Volta Redonda compõem o Fórum Sindical e Popular que organiza a resistência a essa investida da CSN. 

Barrar as demissões, exigir a readmissão dos demitidos e não ceder à perda de direitos são nossas tarefas principais nesse momento. NÃO às demissões, NÃO às chantagens patronais, pela imediata readmissão dos demitidos: NENHUM DIREITO A MENOS! (Unidade Sindical)"

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