ONU condena bloqueio contra Cuba


A Assembléia Geral da ONU condenou ontem, por quase unânimidade, o bloqueio norte-americano contra Cuba. Dos 192 países, a resolução contra o bloqueio foi aprovada por 185. Só foi rejeitada por EUA, Israel e Palau. Dois se abstiveram: Ilhas Marshall e Micronésia, e dois não votaram: El Salvador e Iraque.

"Vocês estão sozinhos, completamente isolados", disse pouco antes da votação o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Pérez Roque (foto), dirigindo-se à delegação americana.
Em seu discurso, o chanceler cubano disse ainda que "sete em cada dez cubanos passaram a vida sob esta política irracional e inútil". "O bloqueio é mais velho que o senhor Barack Obama (o candidato democrata à Presidência dos EUA) e que toda minha geração", disse o chanceler.
Pérez Roque disse que o debate na ONU sobre o embargo dos EUA ganha força neste ano com o cenário das eleições presidenciais americanas e por causa da passagem, em agosto e setembro, de dois furacões pela ilha, Ike e Gustav.
O chanceler disse que os Estados Unidos responderam aos furacões "com seu habitual cinismo e hipocrisia", e criticou Washington por recusar o pedido de permitir a compra, por parte de Cuba, de produtos americanos através de créditos privados.
Péres Roque justificou sua rejeição aos US$ 5 milhões (R$ 11 milhões) em ajuda direta oferecida pelo governo americano depois da passagem dos furacões. Ele disse que as autoridades de Cuba não podem "aceitar uma suposta ajuda daqueles que intensificaram o bloqueio, as sanções e a hostilidade" contra o povo cubano."

Comentários