Pacote suspeito é enviado a Robert De Niro

                                                                  
    Um pacote suspeito de conter um artefato explosivo semelhante a outros enviados a personalidades ligadas ao Partido Democrata, incluindo Hillary Clinton e Barack Obama, foi enviado ao ator Robert De Niro, informaram autoridades americanas nesta quinta-feira (25/10). 

Um funcionário da Tribeca Productions, empresa de filmes e televisão cofundada por De Niro, suspeitou de um pacote recebido e alertou a polícia, que enviou o esquadrão antibombas ao local e recolheu o objeto suspeito para análise.

Uma autoridade de segurança confirmou à agência Associated Press que o pacote continha um artefato semelhante aos encontrados no dia anterior e aparentavam vir do mesmo remetente.

O FBI investiga uma agência postal na cidade de New Castle, estado de Delaware, onde outro pacote teria sido interceptado antes de ser enviado ao ex-vice-presidente dos EUA Joe Biden.

Nenhum dos pacotes foi detonado, e ninguém ficou ferido. Alguns líderes democratas disseram que as ameaças são um sintoma da retórica política agressiva promovida pelo presidente Donald Trump, uma vez que tinham como alvo figuras proeminentes de oposição e críticas ao governo.

Todos os destinatários dos pacotes suspeitos são personalidades mal vistas por críticos de direita nos EUA, como a ex-candidata à presidência Hillary Clinton e o ex-procurador-geral de Obama Erick Holder. O ex-diretor da CIA John Brennan, o doador do Partido Democrata George Soros e a deputada da Califórnia Maxine Walters, que costuma fazer críticas explícitas a Trump, também foram alvos.

Durante a campanha eleitoral de 2016, De Niro afirmou que o então candidato republicano era "descaradamente estúpido", "completamente louco" e "idiota".

Em junho, o ator de 75 anos foi aplaudido de pé durante a cerimônia de entrega dos Tony Awards ao usar um palavrão para criticar o presidente.


O envio dos pacotes com explosivos, condenado por líderes democratas e republicanos, incluindo Trump, ocorreu enquanto o país se prepara para as eleições legislativas de novembro, que poderão mudar a paisagem política do país.

O presidente pediu unidade aos dois lados da política americana após os primeiros pacotes serem encontrados. Num evento de campanha em Wisconsin nesta quarta-feira, ele elogiou a si mesmo, dizendo que estava se comportando muito bem após o ocorrido. Mais tarde, ele acabou lançando acusações à imprensa.

Em seu perfil no Twitter, Trump criticou a mídia americana nesta quinta-feira, afirmando que "grande parte do ódio" atualmente no país é causado pelo jornalismo "propositalmente falso e impreciso da grande imprensa, a quem costumo me referir como 'fake news'". "As coisas ficaram tão ruins e cheias de ódio que é impossível descrever. A grande imprensa deve fazer uma autolimpeza, e rápido!", escreveu.

(Com a DW)

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