Cuba defende justiça social para todos

                                                                       


 Paris, 16 out (Prensa Latina) Cuba defendeu esta semana do pódio da Unesco um mundo de justiça e igualdade para todos os seres humanos, no qual fenômenos como o racismo sejam banidos com esforço coletivo.

Os representantes cubanos participaram de várias sessões do Conselho Executivo da organização das Nações Unidas focalizadas na educação, ciência e cultura, fóruns nos quais também denunciaram o impacto do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos na ilha por mais de 60 anos.

A embaixadora do país caribenho no organismo multilateral, Yahima Esquivel, exortou as pessoas a falarem de normalidade apostando em um futuro diferente do previsível, um planeta marcado por sociedades mais injustas e inseguras.

Ela perguntou em um de seus discursos: 'A que tipo de normalidade nos referimos, aquela que já era uma fatalidade para os pobres, os vulneráveis, as mulheres, as vítimas do racismo e os povos oprimidos por sanções e bloqueios?

Segundo a diplomata, a comunidade internacional deveria tornar possível o mundo melhor que a humanidade necessita.

Cuba continuará profundamente comprometida com a Unesco e com os valores que ela representa; confia na liderança da Diretora Geral, Audrey Azoulay, para fortalecê-la e torná-la mais relevante; e junto com seus Estados membros, continuará a enriquecer os laços para alcançar os objetivos sonhados em um mundo mais justo e menos desigual, disse ela.

Esquivel alertou o Conselho Executivo que a pandemia de Covid-19 expôs a natureza da injusta ordem internacional, resultado do modelo neoliberal prevalecente.

'Um modelo que, com a cumplicidade de seus consórcios financeiros e empórios de mídia, está agora tentando nos passar a conta de sua crise sistêmica e estrutural', disse ele.

Por sua vez, a diplomata Aimeé Pujadas pediu na Unesco que a discriminação racial e o discurso do ódio fossem confrontados a partir de diferentes esferas.

Neste sentido, ela mencionou a educação, a ciência, a cultura e a comunicação como ferramentas essenciais para prevenir e combater o racismo.

A representante cubana em um fórum dedicado a discutir o desafio da discriminação, considerou de vital importância no cenário atual enfrentar o aumento do discurso do ódio e o incitamento aos crimes de ódio através de redes sociais e outras plataformas de comunicação.

Ela também lamentou que a pandemia de Covid-19 e as crises resultantes dela tenham exacerbado as desigualdades estruturais e a exclusão, as manifestações de intolerância e as expressões de racismo.

Com relação ao bloqueio imposto por Washington contra Cuba, a embaixadora Esquivel denunciou sua natureza criminosa e sua intensificação em tempos de pandemia.

No Conselho Executivo, a diplomata descreveu o cerco como 'o mais cruel e mais prolongado que já foi aplicado contra qualquer Estado' e condenou sua implementação oportunista por parte dos Estados Unidos.

Esquivel advertiu que a administração do Presidente Donald Trump havia intensificado o bloqueio com 243 medidas, dezenas delas no meio da pandemia Covid-19, ações hostis mantidas por seu sucessor na Casa Branca, Joe Biden.

Uma política injusta que contradiz o apelo das Nações Unidas e da Unesco para colocar a solidariedade e a cooperação à frente dos conflitos nesta hora decisiva para a humanidade, ela enfatizou.

(Com Prensa Latina)

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