RSF leva impunidade de crimes contra jornalistas no México à Corte Penal Internacional


                                                                       
A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) apresentou à Corte Penal Internacional (CPI) os crimes contra jornalistas cometidos durante os mandatos dos presidentes Felipe Calderon (2006-2012) e Enrique Peña Nieto (2012-2018). O documento foi apresentado na última segunda-feira. 

Produzido em parceira com a organização mexicana CIC Propuesta Cívica, o documento registra 116 crimes praticados contra profissionais de imprensa em função de suas atividades. Estão registrados 102 assassinatos e 14 desaparecimentos forçados. 

Com base no artigo 7 do estatuto de Roma, que determina a competência da CPI, a RSF pede ao procurador da Corte que instaure uma investigação preliminar sobre a situação no país para apoiar o novo governo nos esforços de combater a impunidade contra esse tipo de crime. A organização também pediu ao presidente mexicano Lopez Obrador a recorrer à CPI para contribuir com a elaboração de um plano de urgência para a justiça. 

Na última terça-feira (12), o secretário geral da RSF, Christophe Deloire, se reuniu com o secretário de Estado para os Direitos Humanos do México, Alejandro Encinas, e apresentou as graves preocupações da organização a respeito da situação no país.


Atualmente, o México ocupa a 147ª posição entre os 180 países na Classificação Mundial de Liberdade de Imprensa elaborado pela RSF. O país é considerado o mais perigoso para o exercício do jornalismo entre as nações que não estão em guerra. 

(Com o Portal Imprensa)

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