113 anos do nascimento de Olga Benario Prestes (1908-1942)


                                                                               


Há 113 anos atrás, no dia 12 de fevereiro de 1908, em Munique, na Alemanha, nascia Olga, uma jovem comunista na luta pela revolução mundial. Aos 16 anos de idade, saiu de casa e juntou-se às lutas da juventude trabalhadora no distrito "vermelho" de Neukölln, em Berlim. Membro destacada da Juventude Comunista, foi logo aceita nas fileiras do Partido Comunista da Alemanha (KPD). Em 1928, tornou-se conhecida pela decidida participação na libertação do comunista Otto Braun, então seu namorado, detido na prisão de segurança máxima de Moabit. 

Desde então, teve sua cabeça posta a prêmio pelas autoridades policiais da Alemanha. Sendo forçada a deixar o país, exilou-se na União Soviética, onde se tornou dirigente da Internacional Comunista da Juventude, passou  por formação militar e aprofundou seus conhecimentos de teoria marxista-leninista. Teve intensa atuação política em países europeus como Inglaterra e França, nos quais chegou a ser detida por curtos períodos. 

Como militante provada na luta revolucionária e na atividade clandestina do movimento comunista, em 1934, foi convidada a cuidar da segurança de Luiz Carlos Prestes em seu regresso ao Brasil, para participar da luta antifascista, através da Aliança Nacional Libertadora (ANL). Durante o percurso da viagem clandestina até o Brasil, Olga e Prestes se apaixonaram. 

Após a derrota dos levantes antifascistas de novembro de 1935, o casal foi preso em março de 1936 e separados para nunca mais se verem. Em 23 de setembro de 1936, Olga foi deportada, grávida de 7 meses, para a Alemanha nazista, onde em 27 de novembro nasceu sua filha e de Prestes, Anita Leocadia, na prisão feminina de Barnimstrasse, em Berlim. Devido à força de uma campanha internacional, sua filha Anita, com 14 meses de idade, foi entregue pela Gestapo à avó paterna Leocadia Prestes, livrando-se das garras do nazismo. 

                                                                         


                 

Depois da retirada da filha, Olga foi transferida para o campo de concentração de Lichtenburg e, em 1939, para o campo de concentração de Ravensbrück. Apesar das condições de vida nos campos de concentração, marcadas pelo frio, fome, trabalhos forçados e castigos corporais,  Olga manteve-se firme, corajosa e solidária com suas companheiras, de acordo com os testemunhos existentes. Em abril de 1942, aos 34 anos de idade, Olga Benario Prestes foi assassinada numa câmara de gás do campo de concentração de Bernburg. As afirmações de Olga, durante os inúmeros interrogatórios a que foi submetida no cárcere nazista, revelaram sua firme e inalterável convicção comunista ao dizer: "Se outros se tornaram traidores, eu jamais o serei".

(Com "Prestes a Ressurgir")

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