Che Guevara vive em nossos corações e mentes

                                                               

Eduardo Vasco

Há exatos 47 anos, morria o maior de todos os revolucionários da Nossa América. Não porque seja mais importante que Fidel. Ou tenha governado junto a seu povo, como Chávez. Mas a figura do mártir, que deu sua vida, junto com muitos de seus companheiros, para libertar nosso continente, foi e é a maior inspiração para toda uma juventude que sonha com um mundo melhor.

A indústria cultural imperialista cria fantasias de heróis das histórias em quadrinhos e filmes de Hollywood, do mocinho que derrota o vilão e salva as pessoas. As religiões criam mitos de pessoas que morreram heroicamente, para tentar difundir uma "verdade universal". A grande mídia deturpa a realidade para lançar personagens "bons" ou "maus" de acordo com seus próprios interesses.

Em nenhum desses casos, o herói é real. Muitas vezes, o herói é tachado de vilão, e vice-versa.

Mas Che Guevara, sim, foi um verdadeiro herói. Um mártir. Um ser humilde, que nunca quis e nem precisou ser bajulado. Porque seus feitos falam por si. Internacionalista, o Che saiu da Argentina para lutar pela verdadeira independência de uma pátria que nem era a sua, ao lado de outros grandes guerreiros pelas causas populares, todos movidos por um ideal de liberdade e igualdade.

Che matou. Porque em uma guerra a única coisa anormal é que se viva. Che viu muitos dos seus companheiros e do povo que o acolheu padecerem na brutalidade do exército do ditador Batista, apoiado diretamente pelos Estados Unidos, que, antes da Revolução de 1959, utilizava Cuba como um grande bordel para sua burguesia exploradora.

Che venceu a guerra. O povo cubano, inspirado pela garra do revolucionário, conquistou sua liberdade, que a tem até hoje. Mas a guerra do Che não terminou aí.

Recusando todos os cargos que lhe foram oferecidos, o mais novo cidadão da ilha se considerava cidadão do mundo. E era. Ele provou isso. Viajou à África para ajudar os povos explorados daquele continente, algo que os cubanos entenderam muito bem, e desde os primeiros anos de Fidel no poder, oferecem sua camaradagem aos irmãos africanos.

Do Congo, voltou à Pátria Grande. A Bolívia não era tão diferente do que vira nas selvas africanas. Seu povo era pobre, levava uma vida sofrida. O governo era sustentado por militares fantoches de Washington.

Che encabeçou a guerrilha pela libertação do povo boliviano nos mesmos moldes de suas batalhas anteriores, nas zonas rurais. Após duros confrontos com as tropas do general Barrientos, Che foi capturado. Por ordens da CIA, em 9 de outubro de 1967, o comandante da luta pela libertação dos povos oprimidos foi executado fisicamente.

Fisicamente, pois sua memória continua intacta e descansa dentro do coração e da mente de todos aqueles que acreditam que o sonho de uma América Latina e um mundo livre das mazelas provocadas pela exploração capitalista se tornará realidade um dia.

Até sempre, Comandante Che Guevara!

Hasta la victoria siempre!

(Com o Diário Liberdade)

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