Os trabalhadores dos Associados, que vêm trabalhando com afinco desde sempre e mais ainda na pandemia, exigem respeito da empresa e o pagamento em dia dos salários.

                                                   

Um grupo de jornalistas dos Diários Associados continua até hoje (18/8) sem salário. Todos os meses, os Associados atrasam os salários de parcela de trabalhadores sem que seja dada explicação para isso. Cada mês, um grupo é escolhido para ficar sem receber na data prevista. Isso atinge não só os jornalistas, mas também os trabalhadores da administração, inclusive os que recebem os salários mais baixos da empresa.


Procurado pelo SJPMG, a empresa respondeu, por meio de sua assessoria jurídica, que a previsão é que os salários ainda não pagos sejam quitados até o fim da semana, mas não especificou a data, gerando como sempre incerteza e tensão entre os que até hoje não receberam o salário. Nos dois últimos meses, os jornalistas fizeram paralisações diárias e remotas para pressionar pelo pagamento do salários.


Os funcionários dos Diários Associados enfrentam há anos problemas como esse. Além do atraso dos vencimentos, o grupo não paga férias há cinco anos, não recolhe FGTS desde 2014, se apropria dos recursos das mensalidades associativas descontadas em folha, não paga o plano de saúde em dia, deixando os trabalhadores sem atendimento. 

Na pandemia alguns trabalhadores tiveram os salários suspensos ou cortados. As horas extras e o adicional noturno também deixaram de ser pagos.


Em 2016, o grupo também cortou em 30% os salários de todos os jornalistas, decisão já considerada ilegal pela Justiça do Trabalho.


Os trabalhadores dos Associados, que vêm trabalhando com afinco desde sempre e mais ainda na pandemia, exigem respeito da empresa e o pagamento em dia dos salários. Exigem também conhecer os motivos e os critérios usados pelo grupo para escolher quem vai ou não receber em determinado mês.

Os acessos dos internautas aos portais do grupo cresceram, como também cresceu o número de matérias produzidas pelos jornalistas, a maioria em trabalho remoto, o que diminui os gastos da empresa com água e luz e aumenta o dos trabalhadores. 

De acordo com matéria publicada pelo próprio grupo, “o [jornal] Estado de Minas aumentou em quase 70% o volume diário de produção de reportagens desde a confirmação do primeiro caso de coronavírus no Brasil” .


http://www.sjpmg.org.br/2020/08/parte-dos-jornalistas-da-tv-alterosa-e-do-jornal-estado-de-minas-ainda-nao-recebeu-salario/

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