Há 123 anos nascia Luiz Carlos Prestes, o "Cavaleiro da Esperança"

                                                                        


Por José Carlos Alexandre

Em 3 de janeiro de 1898, em Porto Alegre, nasce Luiz Carlos Prestes, brasileiro, revolucionário, secretário geral do Partido Comunista Brasileiro de agosto de 1943 a março de 1980, quando lança a "Carta aos Comunistas", por considerar que a direção do PCB "abandonara os objetivos revolucionário do Partido".

Prestes comanda a "Coluna Invicta" que percorre o Brasil de 1925 a 1927, tornando-se, "O Cavaleiro da Esperança", como o denominou o escritor Jorge Amado, ex-deputado federal do PCB na época em que o capitão Luiz Carlos era senador e líder de uma bancada em que também se incluía um deputado baiano chamado Carlos Marighella.

Como presidente de honra da Aliança Nacional Libertadora, aclamado em 30 de março de 1935 em at realizado no Rio  de Janeiro, participa do levante antifascista de novembro do mesmo ano, após chegar clandestinamente ao Brasil, de Moscou, onde trabalhava como engenheiro. Vinha acompanhado de Olga Benário, em companhia da qual seria preso  numa casa do Méier em 5 de março de 1936.

Em setembro Olga, grávida de sete meses é deportada para a Alemanha, pelo governo Getúlio Vargas, onde, numa prisão da Gestado dá à luz sua filha Anita Leocadia Prestes. Olga é assassinada pelos nazistas numa câmara de ás no campo de concentração  de Berburg em abril de 1942.

Luiz Carlos Prestes passa de 1936 a 1945 preso e a maior parte do tempo,  incomunicável. Sua libertação se dá em 19 de abril de 1945 depois de ampla campanha de anistia. 

                                                                      

                                                                         Magro, Prestes em sua cela na Casa de Correção

Em 2 de dezembro é eleito o senador mais votado do Brasil e deputado constituinte, tornando-se um dos signatários da Constituição de 1946. Com o fechamento do PCB em 7 de maio de 1947 torna-se semiclandestino e a partir de 1º de janeiro de 1948, com a cassação do mandato dos parlamentares comunistas, ingressa em rigorosa clandestinidade. 

Consta em sua longa trajetória de vida , o casamento em 1953 com d. Maria do Carmo Ribeiro com a qual teria sete filhos.

Secretário geral do PCB desde a Conferência da Mantiqueira, em  agosto de 1943, Prestes volta à vida legal em 19 de março de 1958 com a revogação de sua prisão preventiva pela Justiça, ocasião em que volta a ter permanente participação política em eventos por várias parte do país, em reuniões como as realizadas na Associação Brasileira de Imprensa.

Com o golpe cívico-militar de 1º de abril de 1964, o jeito foi voltar à clandestinidade, assinando com pseudônimos seus artigos na imprensa comunista como "Voz da Unidade", "Voz Operária" etc.


Em março de 1971, por decisão do Comitê Central do PCB parte para a União Soviética, de onde viaja para inúmeros países em campanha pela anistia e contra as prisões política. 

Volta ao Brasil dia 20 de outubro de 1979, após a decretação da anistia, sendo recebido com grande numero de pessoas as quais se dirige. 

Prestes morre dia 7 de março de 1990. Sua vida de político idealista e revolucionário é exemplo para toda a América Latina, principalmente em países onde trabalhou como Bolívia, Argentina e Uruguai e em Cuba, onde fez amizades com  Fidel, Raúl e outros líderes da revolução popular de 1959.

Em Minas, como no Brasil, seu nome  é muito cultivado, existindo muitos Luiz Carlos, em sua honra.

Porto  Alegre, no Rio Grande do Sul, sua terra natal, e em Tocantins existem Memoriais Luiz Carlos Prestes, em que a vida do revolucionário é registrada para a história. 

A história do capitão que levantou o batalhão ferroviário de Santo Ângelo em 28 de outubro de 1924 é contada em inúmeros livros, como "O Cavaleiro da Esperança", de Jorge Amado, "Anos Tormentosos", de Anita Leocadia Prestes e Lygia Prestes, " Uma Epopeia Brasileira", a Coluna Prestes", "Luiz Carlos Prestes um Comunista Brasileiro", todos de Anita Prestes. Da filha de Prestes e Olga também deve ser lembrado"Viver é Tomar Partido", da editora Boitempo.



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