Uma jornalista inquieta


                                                                       


Por Anita com um "t" só

 Esta pandemia me deixa deprimida. E olhe que sou muito comunicativa! Inquieta, gosto de circular, ver meus amigos e, por vezes, fazer uma "via sacra" pelos bares de Santé ou da Savassi.

Criada numa cidade cuja economia gira em torno das plantações de café e da agricultura familiar em geral, sempre sonhei ultrapassar a Serra da Canastra, ganhar o mundo...

De certa maneira é o que tenho feito, mesmo em escala ainda menor, devido às tarefas domesticas, à reciclagem intelectual e coisas tais...

Quer saber de uma  coisa? No duro mesmo tenho uma certa frustração em não me tornar correspondente internacional.

Por que?

Sabe-se  lá... O certo é que sempre me aventuro pelo mundo.

E até sozinha!

Cheguei mesmo a quase ter meu pé congelado em Niaguara Falls... 

Minha boca quase estoura num restaurante em Hamburgo, onde  cheguei depois de uma interminável viagem de navio e certa vez circulei pela tríplice fronteira que preocupa serviços de segurança do Brasil, da Argentina e do Paraguai.

Quando estava grávida do meu  primeiro filho tive um mal-estar no Parque Lenin, em Havana, o que me levou a conhecer na prática a medicina socialista. 

Encantei-me de verdade com a Acrópole e com ilhas gregas. 

No Canadá gostei tanto que quase me mudo para Toronto e apostei dois chás da cinco com a professora de  meus filhos Beth Moura em Oxford.

Lá fiquei hospedada, numa espécie de repouso tático para enfrentar a primeira classe num longo voo  para São Petersburgo.

Ah! Como me encantei com a Rússia dos cazares, com suas igrejas maravilhosas como as de São Petersburgo. Comprei lembrancinhas no Gum e hospedei-me bem do ladinho do Kremlin.

Na Argentina, dancei tango no Caminito, participei de ato no dia do índio na Praça das Mães de Maio  e

tomei até vinho tinto em Montevideu.

Quer saber mais: entrei na catedral de Havana com alguém muito próximo de mim segurando uma lata de Heineken, em plena missa solene, com direito à celebração pelo bispo local, homem ligadíssimo ao Vaticano.

Não estava nem aí.

Mas sou bastante Religiosa. Lógico que me encantei com a Catedral de Colônia e não me neguei de forma nenhuma a visitar a  Igreja da Anunciação em Nazaré.

E me persignei, ajoelhada, na Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém,

La mesmo não consegui disfarçar as lágrimas que rolaram soltas no Pavilhão das Crianças no Museu do Holocausto ( Até onde vai a crueldade humana!).

Sabe que me confundiram com uma parisiense quando visitava casas noturnas? Fiquei radiante!

Espero voltar a ver operas em Viena...Tomara que seja a "Olga", em homenagem à mãe da escritora Anita Leocadia Prestes, com a qual jantei aqui mesmo em BH, no Chalé da Mata.

Oh! my God! Preciso parar por aqui. Sinto-me fascinada quando termino de escrever estas linhas. 

Uma brasileira, mulher simples, moradora de um bairro de São Paulo, foi a primeira a ser vacinada...

E uma vacina, inicialmente desprezada pelo atual governo, de extrema direita, que é uma esperança para todos nós.

Se tudo correr bem, em 2022 foi voltar a circular além da Canastra, além do Patropi, 

















tud

Comentários

Anônimo disse…
Eu conheço essa viajante ou um pouco dela.