A marca JB de novo estará no mercado

                                                                 


Por Gilberto Pauletti   

A marca JB de novo estará no mercado. Desta vez, através de um leilão autorizado pelo juiz da 13ª Vara Federal, com um lance mínimo de R$ 3,5 milhões. Não se trata de uma novidade o nome JB trocar de comando, mesmo sendo no regime de aluguel.

A primeira mudança foi a surpreendente entrada no mercado jornalístico do empresário do setor naval Nelson Tanure, que levou consigo também a marca Gazeta Mercantil. Não deu certo, até porque JB e GZM têm um passivo muito grande, principalmente trabalhista. Até hoje ambas as empresas não quitaram todos seus débitos.

Antes dessa aventura, o JB – ainda com Nascimento Brito no comando – entrou numa fria ao apostar em Paulo Maluf na campanha para presidente da República, em uma eleição indireta, em 1985.

Maluf derrotara o então ministro dos Transportes, Mário Andreazza, na convenção da Arena, partido que ficara quase sem apoio da imprensa numa disputa para uma eleição de votos diretos.

O dr. Brito, como fazia questão de ser chamado, acertou com Maluf um “apoio financeiro” em troca de espaços editoriais no JB, ainda um dos mais importantes jornais brasileiros. Chegou a incluir em cargos de chefia, na redação do JB no Rio, profissionais fiéis da sucursal de São Paulo, com o objetivo de controlar a publicação de notícias que não fossem as de interesse da candidatura de Maluf.

A seguir, entrou em cena o empresário do setor naval Nelson Tanure, que se gabava de ter boas relações com magistrados cariocas, dando a entender que tinha portas abertas para solucionar os passivos do JB e da Gazeta Mercantil. Também não deu certo.

A nova investida sobre o JB foi do empresário Omar Perez. Ele alugou o nome por 30 anos e, conforme comentários, o JB seria um instrumento para sua candidatura nas próximas eleições para governador. Ele explica que os boatos surgiram porque chegou a ser procurado por políticos de vários partidos, mas o assunto não foi adiante.

Catito, como é conhecido, diz que nada tem a ver com o próximo leilão de 6 de agosto e explica a atual situação. “Eu aluguei a marca e quem fizer o melhor lance ficará com essa marca, também por esse tempo. E vai ter que me aturar por 30 anos”, diz Perez.

(Com a Associação Brasileira de Imprensa)

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