Liberdade para os cinco cubanos


Dez laureados com o prêmio Nobel reivindicam junto aos EUA liberdade para Os Cinco Cubanos



Ernesto Wong Maestre

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, começará a receber em seu despacho na Casa Branca (The White House, 1600 Pennsylvania Ave, NW, Washington, DC 20500, United States) milhares de cartões postais ilustrados com os nomes de dez Prêmios Nobel que reclamam a liberdade para os cinco heróis nacionais cubanos, emitidos por cidadãos e cidadãs dos cinco continentes demandando ao governo dos EUA uma solução para essa irregular situação.
"Os Cinco", como são conhecidos em mais de 180 países que clamam por sua liberação, foram encarcerados injusta e ilegalmente há quase 12 anos por alertar a Cuba e ao próprio governo dos EUA, através das autoridades da Ilha, das ações terroristas que os agentes e grupos terroristas - registrados pelo FBI e pela CIA - residentes em Miami, planejavam realizar em aviões civis, hotéis turísticos, embaixadas, universidades e outros locais frequentados por cidadãos cubanos ou estrangeiros.
Dezenas de Chefes de Estado ou de Governo, assim como numerosas personalidades da cultura, da arte, do esporte, do cinema e especialistas em direito penal expressaram sua solidariedade com os Cinco, a quem durante estes doze anos - apesar de serem inocentes das causas que lhes imputam- violaram seus direitos civis e os direitos humanos de seus familiares e dos povos em geral que reclamam uma proteção ante as ações terroristas lançadas desde o território estadunidense.
Recentemente, o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, ao comemorar o 98° aniversário do seu partido, o Congresso Nacional Africano (ANC, por sua sigla em inglês), declarou que seu partido continuará comprometido com a causa dos cubanos em luta contra o bloqueio e pela liberação dos Cinco.
Os especialistas em ciências jurídicas penais, incluídos os de organismos especializados da ONU, chegaram à conclusão de que todos os julgamentos realizados foram ilegítimos e com altos indícios de ilegalidade, devido à manipulação dos jurados, decisões das cidades sedes dos julgamentos onde o clima de imparcialidade e objetividade foi nulo, operações encobertas da juíza contra os advogados dos Cinco, utilização de provas infundadas e negação da juíza em considerar os critérios e conclusões dos órgãos da segurança estadunidenses que estimaram que nenhum dos Cinco teve acesso a documentos restritos e, portanto, não emitiram informações secretas que violassem a segurança dos EUA.
Sobre isso, o presidente do parlamento cubano, Ricardo Alarcón, apresentou internacionalmente diversos exemplos de casos de alta espionagem cometidos nos EEUU, com potentes danos para esse país, que somente receberam penas entre 3 e 5 anos, o que indica que o processo jurídico contra os Cinco esteve viciado de interesses políticos que afetam não apenas os cidadãos estadunidenses relacionados com o julgamento, senão também o prestígio da justiça estadunidense e da própria segurança dos EUA.
É de tal injustiça o encarceramento desmedido dos Cinco, que dez prêmios Nobel se dirigiram ao presidente dos EUA para que, com seu poder jurídico e constitucional, ponha fim a tamanha ignomínia cometida pelas administrações anteriores.
Entre os Prêmios Nobel de Literatura que se pronunciaram a favor dos Cinco heróis cubanos, presentes nos cartões postais dirigidos a Barack Obama, se encontra o alemão Günter Grass (prêmio 1999) que passou vários anos em um presídio e tem feito desde então um trabalho exemplar em matéria de direitos humanos; o dramaturgo português José Samarago (prêmio 1998) que centra parte de sua obra no estudo da Bíblia; o crítico italiano Darío Fo (prêmio 1997) autor de "Aqui ninguém paga"; a escritora sul-africana Nadime Gordimer (prêmio 1999), especialista em estudos sobre racismo e a história do apartheid; e o nigeriano Wole Soyinka (prêmio 1986) primeiro escritor africano a receber o Prêmio e também vítima de prisões políticas.
Zhores Alferov, Prêmio Nobel de Física no ano 2000 e bielorrusso de nascimento, que realizou grandes contribuições para a criação de semicondutores para instrumentos de alta tecnologia médica, é outro dos destacados laureados que saíram em apoio a liberdade dos Cinco heróis.
No ramo da Paz, porém, diferente do Presidente Obama, com uma atitude e conduta de acordo com seus pensamentos, quatro prêmios Nobel da Paz pronunciaram em várias ocasiões o seu apoio a liberdade dos Cinco heróis cubanos.

A pacifista irlandesa Máiread Corrigan Maguire (prêmio 1976), que sofreu prisão e incomunicabilidade em celas israelenses em 2009, é uma dos prêmios Nobel da paz que diariamente honra a humanidade com suas ações em defesa da paz e da justiça, e tem reclamado a liberdade para os Cinco, assim como a guatemalteca e ex-candidata presidencial Rigoberta Menchú (prêmio 1992).
Dois laureados de dois continentes distantes, América Latina e Ásia, o argentino Adolfo Pérez Esquivel e o timorense José Ramos Horta, são dois dos prêmios Nobel da Paz (1980 e 1996 respectivamente) que se dirigiram pessoalmente a Barack Obama reclamando justiça para os Cinco.

A defesa sistemática de Ramos Horta sobre o direito dos povos à autodeterminação foi uma constante que, lógica e eticamente, o conduz para a defesa de Cuba para construir seu próprio destino e encaminhar-se até ele, destino esse violado pelos EUA com o cruel bloqueio financeiro, econômico e comercial aplicado contra a Ilha até o ponto de encarcerar injustamente a esses cinco jovens por tratar de defender uma causa justa e humana.
Por sua parte, Pérez Esquivel, um escritor argentino de índole pacifista e construtor de ideias maravilhosas para o bem humano, tomou uma dinâmica participação em toda a campanha em favor da liberdade dos Cinco heróis.
A posição destes 10 prêmios Nobel reforça a decisão do Grupo de Trabalho sobre Detenções Arbitrárias da Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas, divulgada em 27 de Maio de 2005, quando declarou arbitrária a detenção de Antonio Guerrero, Fernando González, Gerardo Hernández, Ramón Labañino e René González, instando o Governo dos Estados Unidos a adotar de imediato as medidas necessárias para solucionar esta situação.

A humanidade crê no que afirmam a maioria dos prêmios Nobel, por isso consideram com otimismo que o prêmio Nobel da paz e atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apreciará muito esta oportunidade que a história e a Constituição colocaram no âmbito da decisão presidencial; poderá ser justo com a humanidade e com a vida destes cinco lutadores antiterroristas.

Fonte: http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&lang=ES&cod=45003
Retirado de http://www.rebelion.org/noticia.php?id=100247
Comp. fotogr. RCBáez_10 Nobel esperan por Obama
Lic. Rosa Cristina Báez Valdés "La Polilla Cubana"
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