Uma cúpula dos povos contra os líderes do G-20

                                                

Uma cúpula onde os povos levantarão suas vozes através de uma grande quantidade de movimentos e organizações sociais começa hoje e até manhã aqui para contrapor a presença dos líderes do G20 e do FMI.

Com o grito de 'Não ao G20, fora FMI!', diversos atores da sociedade civil de várias partes da região e da Europa convergirão ao evento, cuja abertura foi nesta quarta-feira na Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de Buenos Aires, e amanhã, um dia antes da cúpula de líderes, estará à vista de todos na chamada Praça dos dois Congressos.

Uma intensa programação acadêmica de conferências, palestras e oficinas se desenvolverá nestes dois dias como parte da semana de ação global que, da Argentina ao mundo, se realiza contra as políticas promovidas pelo G20, do qual pertencem 19 países mais a União Européia.

A jornada da Cúpula dos Povos começa com um dos temas mais complexos que impactam sem dúvidas a região, o do feminismo, com o lançamento da campanha Nosso Corpo, Nosso território.

O encontro abrirá espaço para uma conversa sobre os processos de expropriação capitalista e criminalização e ameaças às defensoras dos direitos das mulheres e da comunidade LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, trans e intersexuais).

Outro dos painéis sobre a mesa nesta chamada contracúpula será o das multinacionais e seu poder, com uma conferência sobre injustiça tributária, investimento sem regras, dívidas ilegítimas e livre comércio.

Um amplo leque de temáticas será abarcado por esta primeira jornada, que inaugura de forma paralela um importante Fórum da Juventude, com as experiências de organização popular contra a violência do Estado, as políticas da infância e juventude em tempos de FMI.

A cúpula dos povos terá seu momento mais importante nesta quinta-feira com a instalação de várias barracas em frente ao Congresso da Nação, onde terá desde importantes intervenções e palestras até apresentações artísticas durante todo o dia e quase entrando na madrugada.

A expectativa é que todas as organizações participantes de várias partes do planeta fechem com uma marcha no sábado contra a cúpula e a presença de vários de seus líderes, entre eles o estadunidense Donald Trump, na emblemática avenida 9 de julho. 

(Com Prensa Latina)

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