Nem tudo na arte imita a vida...


                                                           

O trabalho  envolve sangue para todos os lados, cabeças cortadas, corpos queimados e partes de animais, mas, claro, tudo isso artisticamente falando.

Prokopis Vlaseros é um artista grego de efeitos especiais que fez um dos filmes de terror mais conhecidos no seu país e revelou todos os segredos do seu trabalho "arrepiante" à Sputnik Mundo.

Aos 34 anos de idade e com muita experiência no ramo, o artista conta que sempre sonhou em fazer efeitos especiais para o cinema e até se maquiava quando criança.

O profissional admite que seu trabalho é muito difícil, pois consome muito tempo e energia, além de exigir um bom conhecimento de anatomia e química.


                                                                                               © SPUTNIK /
Prokopis Vlaseros, artista de efeitos especiais grego


Durante entrevista, o grego diz que cria suas obras "de terror" junto com Maria Staiku, conhecida como Bloody Mary.

Vlaseros revela que estudou arquitetura na Itália, mas deixou a universidade para se dedicar ao seu sonho, tendo posteriormente conhecido o diretor grego Panos Kokkinopoulos, que foi a primeira personalidade no mundo do cinema a ver seu potencial.


O lendário artista de efeitos especiais Dick Smith, famoso por seu trabalho em filmes como "O Exorcista" ou "O Poderoso Chefão", entre outros, também impulsionou o serviço de Prokopis enviando-lhe missões especiais regularmente, além de dar-lhe um diploma.

"De quanto sangue preciso hoje?", essa é uma das dúvidas recorrente na vida do artista, que cria máscaras, próteses e mecanismos especiais diariamente.

                                                                       
                                                                                               © SPUTNIK /
                                     Obra de Prokopis Vlaseros, artista plástico da Grécia

Ele ainda ensina à Sputnik como fazer uma máscara: uma substância especial deve ser colocada no rosto de um ator, que não pode ser claustrofóbico, e precisa isolar o nariz da pessoa para que ela possa respirar durante o processo.

Já para criar uma "facada" artificial realística, é preciso fazer uma espécie de camada no corpo do ator, onde são instalados vários tubos com sangue falso conectado a um sistema pneumático.

"Cada artista de efeitos especiais tem a sua própria receita secreta para sangue falso. O meu sangue é comestível e parece realista", revelou.

Para Vlaseros, o mais difícil de tudo é fazer com que os atores pareçam mais velhos e o mais fácil é fazer cortes falsos.

(Com Sputnk Brasil)

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