O que o presidente de Cuba respondeu às mentiras de Donald Trump e as do mini-Trump Bolsonaro?

                                                                     
Como «dois mentirosos patológicos e cada vez mais isolados», o presidente cubano Miguel Díaz-Canel Bermúdez qualificou o presidente dos EUA, Donald Trump, e o brasileiro, o «mini-Trump» Bolsonaro, depois de ouvir seus discursos na terça-feira, 24 de setembro, durante a 74ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas.

Com o rótulo #SomosCuba, usado como um apelo e símbolo da unidade nacional em torno do projeto revolucionário, o presidente emitiu uma série de mensagens nas quais chamou Trump de «O imperador dos EUA» e catalogou as referências em seu discurso a Cuba e Venezuela como «mentirosas, acusações difamatórias e inadmissíveis».

«Seu fracasso com Cuba e a Venezuela provoca sua fúria imperial e justifica sua derrota com argumentos falsos. Cuba dará a resposta digna e enérgica que merece», disse no Twitter o presidente em clara referência à intervenção do ministro das Relações Exteriores de Cuba naquele cenário internacional.

«Cuba rejeita fortemente a calúnia de Bolsonaro sobre a nossa cooperação médica internacional», postou em outra mensagem onde, além disso, recaptura seu post no Twitter de Nova York pelo ministro das Relações Exteriores Bruno Rodríguez Parrilla, que estava na mesma sala das Nações Unidas onde Bolsonaro e Trump lançaram seus argumentos insustentáveis ​​e vergonhosos para o mundo.
                                                                       

«Deveria lidar com a corrupção nos seus sistemas de justiça, governo e família. Ele é o líder do aumento da desigualdade no Brasil», escreveu Bruno Rodríguez durante o discurso do presidente brasileiro.

«A ignorância dos presidentes dos EUA e do Brasil faz perder o brilho da política internacional com sua retórica. Eles zombam da vida no planeta, ignorando a seriedade da atual crise climática. Eles são portadores do padrão do fascismo. A firmeza de Cuba permanecerá inabalável», escreveu Díaz-Canel.

Em seguida, acrescentou: «Outro insulto às Nações Unidas: Bolsonaro diz que Donald Trump simboliza «o respeito à soberania» e que os cientistas estão errados ao dizer que as florestas da Amazônia são os pulmões do mundo. Não é de admirar que Greta Thunberg chore pelo futuro do planeta.

Greta Thunberg é uma ativista ambiental, ainda adolescente, que na terça-feira, 24, foi a manchete de muitas tendências da imprensa e da mídia social, especialmente no Twitter.

Thunberg fez o discurso de abertura da Cúpula de Ação Climática na sede das Nações Unidas e Trump, no Twitter, zombou dela pelo modo como acusou a classe política e econômica de indiferença e falando apenas de «dinheiro, contos de fadas e crescimento econômico eterno».

«Ela parece uma menina muito feliz, desejando um futuro brilhante e maravilhoso. Muito bom de ver!», o presidente dos Estados Unidos twittou sobre a intervenção da jovem — segundo a imprensa internacional — focada nos números «desconfortáveis» sobre aquecimento global e emissões de CO2, outra das muitas questões ambientais em que os EUA não anda com as mãos limpas.

TRUMP FAZ TUDO POSSÍVEL PARA DISTRAIR A ATENÇÃO DA COMUNIDADE INTERNACIONAL

O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, disse que a intervenção na Assembleia Geral da ONU do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, esteve cheia de falsidades. Foi um discurso profundamente monroísta e macartista. Trump chamou o presidente venezuelano Nicolás Maduro de «fantoche de Cuba», acusou Havana de «saquear» a riqueza petrolífera da Venezuela e afirmou que «os EUA nunca serão um país socialista».

Na opinião do ministro das Relações Exteriores de Cuba, Trump faz todo o possível para desviar a atenção da comunidade internacional e do próprio público norte-americano dos enormes e crescentes problemas internos naquele país.

Em geral, concluiu que o discurso do chefe da Casa Branca era entediante, mais do mesmo, um discurso antigo e incompatível sobre a realidade dos Estados Unidos e o cenário internacional.

O ministro das Relações Exteriores Bruno Rodríguez também rejeitou as declarações do presidente brasileiro Jair Bolsonaro perante a 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) contra o programa Mais Médicos.

O presidente brasileiro atacou o programa de solidariedade, que trouxe saúde aos brasileiros mais pobres e às regiões mais inóspitas e esquecidas.

Desde 2013, milhares de médicos cubanos chegaram ao Brasil como parte do programa «Mais Médicos», promovido pelo governo da então presidenta Dilma Rousseff. Eles foram distribuídos em cerca de 2.800 municípios de todos os estados e nos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI).

Bruno Rodríguez recomendou, a partir de sua conta no Twitter, o presidente brasileiro «lidar com a corrupção em seu sistema de justiça, no governo e na família»

Recentemente, o ministro das Relações Exteriores de Cuba, na Reunião de Alto Nível sobre Cobertura Universal de Saúde. 74ª AGNU, em 23 de setembro de 2019, informou que, no final de 2018, Cuba registrava uma expectativa de vida superior a 78 anos e uma taxa de mortalidade infantil de 4 por mil nascidos vivos, nível imunológico de 98%, com 14 doenças infecciosas erradicadas, 9 que não eram problemas de saúde e 29 doenças transmissíveis controladas. A Ilha cumpre os indicadores que a certificaram como o primeiro país a eliminar a transmissão de mãe para filho do HIV e da sífilis congênita.

O governo dos EUA agora ataca programas de cooperação médica cubana com países em desenvolvimento, com o objetivo de desacreditá-los e sabotá-los.

Esses programas são um exemplo de cooperação Sul-Sul e ajudaram muitos países da América Latina e Caribe, África e Ásia a melhorar a cobertura de saúde e fornecer assistência médica de qualidade em áreas de difícil acesso.

(Com Juventud Rebelde/Granma/Twitter/Facebook/Laz)

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