49 jornalistas foram assassinados em 2019 em 18 países

                                                                   
A Federação Internacional de Jornalistas (IFJ) divulgou no Dia dos Direitos Humanos, em 9 de dezembro, que 49 jornalistas foram assassinados em 18 países da África (9), Ásia-Pacífico (12), Europa (2), América Latina (18) e Oriente Médio e mundo árabe (8) desde o início de 2019. 

Em relação a 2018, quando 95 profissionais foram mortos, a queda foi acentuada. O número de mortes neste ano é o mais baixo desde 2000, quando 37 jornalistas e trabalhadores da mídia foram assassinados, e o quarto mais baixo desde 1990, quando o IFJ começou a publicar os relatórios. 

“Este ano está a caminho de publicar o menor nível de assassinatos de jornalistas em quase duas décadas e isso será uma boa notícia para jornalistas de todo o mundo. Infelizmente, todo assassinato é um número excessivo e mesmo essa diminuição dificilmente pode ser atribuída às ações dos governos para proteger jornalistas cujos direitos e liberdades são freqüentemente violados”, disse o presidente do IFJ, Younes Mjahed. 

Segundo ele, embora o número de assassinatos tenha diminuído, as ameaças, as prisões, assédios online, a censura e o uso de medidas legais e administrativas continuam a minar a liberdade da mídia e dos direitos humanos em todo o mundo. 

A diminuição dos assassinatos se deve em parte ao colapso do chamado Estado Islâmico no Iraque e na Síria, que reduziu a exposição da mídia à extrema violência do conflito e em parte à crescente relutância de repórteres estrangeiros em cobrir os demais pontos de conflito, como o Iêmen.

“A perda de vidas entre jornalistas e trabalhadores da mídia em várias zonas de conflito nos últimos anos devido à falta de segurança impediu muitos colegas de cobrir esses eventos desde o início”, acrescentou o Secretário-Geral da FIP, Anthony Bellanger.

(Com o Portal Imprensa)

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