Serviços secretos russo e ucraniano conseguem abortar atentado contra Putin



                                                                

Os serviços secretos da Rússia e Ucrânia abortaram um atentado à bomba contra Vladimir Putin e uma série de outros atentados no território da Rússia. O grupo de terroristas, procurado pela justiça internacional, foi capturado na cidade ucraniana de Odessa há cerca de um mês. O grupo estava planeando, conforme declarações prestadas de um dos seus membros em interrogatório, levar a cabo o atentado contra Putin e uma série de explosões logo após as eleições de 4 de março.
A informação sobre a preparação de um atentado em grande escala foi divulgada hoje de manhã pelo primeiro canal da televisão russa (ORT). Os serviços secretos ucranianos e o serviço de imprensa do primeiro-ministro russo já confirmaram a veracidade destas informações.
Segundo os últimos dados apurados, dois indivíduos – Ilia Piyanzin e Ruslan Madaev, procurados internacionalmente, tinham chegado a Odessa provenientes dos Emirados Árabes. De acordo com as declarações de Piyanzin, eles tinham instruções precisas da parte de Doku Umarov, chefe dos terroristas chechenos.
“Para começar, disseram: vão para Odessa, aprendam a fabricar bombas. Depois, já em Moscou, vão fazer sabotagens em estruturas económicas. Em seguida, o atentado contra Putin. Quando chegámos de avião a Odessa, deram ao Ruslan o número da pessoa que se devia encontrar connosco aqui”, disse Ilia Piyanzin.
Odessa devia ser apenas um simples local de trânsito. No entanto, durante a fabricação da bomba se deu uma explosão, tendo um dos terroristas - Ruslan Madaev – morrido.
O “agente de ligação” fugiu ainda antes de os bombeiros terem chegado.
Ilia Piyanzin foi levado com queimaduras para o serviço de cuidados intensivos do hospital local, vigiado por funcionários dos serviços secretos.
Foram precisamente as declarações de Piyanzin que levaram à detenção do terceiro indivíduo, Adam Osmaev, natural da Chechênia. A detenção deste último ocorreu a 4 de fevereiro mas, nessa altura, o Serviço de Segurança da Ucrânia preferiu não tornar público o caso. A razão foi ter sido encontrada informação importante no computador do checheno, nomeadamente o plano detalhado da operação, informam os serviços secretos ucranianos.
“Entre os ficheiros havia vídeos com o itinerário da comitiva, em particular do carro de Putin, para saberem em que carro iria entrar o político, quantos carros o acompanhavam, a partir de que ângulos, conforme as diversas ruas, ou seja, eles estudavam a situação não com base em um exemplo, mas em vários”, diz um agente dos serviços secretos.
De acordo com Osmaev, a maioria das operações deveria ser feita à distância, embora estivesse planeada uma explosão por um terrorista suicida.
Osmaev está colaborando ativamente com a investigação. Foi precisamente com base em suas declarações que soubemos que os explosivos tinham sido previamente transportados para Moscou. Um dos atentados deveria ter sido perpetrado na zona da avenida Kutuzov, a avenida por onde as comitivas do primeiro-ministro e do presidente costumam passar.
Os serviços secretos da Rússia e da Ucrânia prosseguem as investigações. Naturalmente, nem toda a informação foi tornada pública. No entanto, a julgar pelos dados existentes os serviços secretos dos dois países foram relativamente rápidos na sua colaboração, declarou à Voz da Rússia o vice-presidente da Comissão para a Segurança da Duma municipal de Moscou, Serguei Goncharov, veterano do Grupo Alfa.
“Atualmente, os serviços secretos da Ucrânia e da Rússia fizeram um trabalho de cooperação de alto nível, o que permitiu fazer a detenção. Existe a confissão do detido, o que permite dizer que estas pessoas eram bandidos e estavam preparando um atentado. Segundo: concluímos com isto que a direção do país está sempre protegida de forma segura ”, disse. (Com a Voz da Rússia)

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