Metalúrgicos da GM se mobilizam para defender empregos depois do locaute

                                           
                                                                                                                                       
Os metalúrgicos da General Motors realizam nesta quarta-feira, dia 25, às 16h, uma  assembleia geral dos trabalhadores, na sede do Sindicato, para  mobilização pela manutenção dos postos de trabalho na empresa em São José dos Campos.

A assembleia faz parte da intensificação das ações deflagradas pelo Sindicato, como resposta ao locaute aplicado hoje pela montadora, que impediu a entrada dos trabalhadores na montadora.

Correm informações, não oficiais, dentro da fábrica, de que a empresa deve realizar demissão em massa até o final de semana.

Até o início da noite desta terça-feira, a empresa ainda não havia informado ao Sindicato se voltaria ou não às atividades na quarta-feira. Caso a fábrica volte a operar, haverá assembleia já na entrada do primeiro turno, a partir das 5h30, nos portões da montadora.

Os trabalhadores da General Motors foram surpreendidos, nesta terça-feira, dia 24, com a decisão da empresa de impedir a entrada de todos na fábrica. Até mesmo os funcionários terceirizados foram proibidos de ter acesso à empresa.

Os trabalhadores do terceiro turno, que estavam dentro da fábrica, receberam ordens para que saíssem antes mesmo do término do expediente.

Já os funcionários que iriam assumir o 1º turno receberam o comunicado da empresa nos pontos de ônibus, entregue pelos próprios motoristas. Ninguém foi levado à fábrica.

Nesta quarta-feira, acontece uma reunião que pode ser decisiva para os trabalhadores. Sindicato, GM, Ministério do Trabalho e Prefeitura de São José dos Campos reúnem-se, às 11h, no gabinete do prefeito Eduardo Cury para discutir sobre os riscos de demissões.

“Nesta reunião vamos exigir que a GM aborte qualquer plano de demissão em massa e que o Governo Federal intervenha imediatamente para garantir a manutenção dos postos de trabalho. Temos também uma séria crítica à postura da Prefeitura, que tem sido omissa e até agora não fez absolutamente nada para evitar as demissões”, afirma o presidente do Sindicato, Antonio Ferreira de Barros, o "Macapá".

Mesmo convocada às pressas, a assembleia realizada na tarde desta terça-feira reuniu cerca de 100 trabalhadores e representantes de outras entidades sindicais, como metalúrgicos de São Caetano, Campinas, Botucatu, Limeira e Santos, Petroleiros de São José dos Campos, Trabalhadores da USP e Químicos de São José dos Campos.

Outra atividade já marcada pelos trabalhadores é uma manifestação, na sexta-feira, dia 27, aniversário de São José dos Campos, no Parque da Cidade.

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