Tocante despedida de nove filhos de sua mãe


                                                       
Deus, em suja sabedoria eterna é esperto. 

Buscou Dona Toquinha para estar ao lado Dele. 

Certamente agora estão conversando, quem sabe cantando uma modinha, trocando conselhos, senão fazendo crochês ou bordando. Deus sabe o que faz mesmo e ficou no lucro.

O que faremos sem você, mamãe querida, avó atenta, bisavó carinhosa, tetravó encantada? Como serão nossas noites de cantoria sem você fazendo a primeira voz?

Como afinaremos nossos violões e violas sem sua nota rítmica final? 

Como viveremos sem seu riso fácil e constante? Como vamos chegar na próxima etapa sem sua mão forte, seus conselhos precisos e seu discernimento infalíveis, sua fé inabalável?

 Está difícil continuar sem sua ternura, seu amor sem medida, sua paciência e seus ensinamentos de humildade e meiguice. A paz que nos ensinou a cada passo teremos que conseguir sozinhos.

 Nossa  caridosa dona Toquinha sempre foi  uma fonte confiável e uma confidente nas mais diferentes horas, normalmente enquanto tecia colchas e toalhas, cuidava das galinhas, envolvia-se nas doces tertúlias em torno dos filhos violeiros, elevando o tom de voz numa poética "derrubada" ou molhando disfarçadamente os olhos ao se recordar de seu falecido marido, Elvino, companheiro de longos anos, junto aos nove filhos que hoje choram sua sofrida ausência.

A sabedoria, a bondade, a caridade, a paciência estremada e o amor pelo próximo e pelo trabalho são  algumas de suas marcas que agora cortam nossos corações de saudade. 

Você será para nós a eterna e sempre Leoa Toquinha.

Receba o beijo e abraço afetuosos de seus filhos:

Auxiliadora, 

Consolação, 

Ivanilde, 

Durval, 

Eci, 

Fátima,

José Wilson, 

Zilá e

Geraldo Elvis.

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