Obama em Cuba e na Argentina

                                                                         
As visitas de Barack Obama a Cuba e à Argentina inseriram-se no seu projeto imperial de dominação planetária.

Em Havana e Buenos Aires Obama deu continuidade à sua política de restauração da hegemonia americana sobre a América Latina, comprometida na última década pelos desafios da Venezuela Bolivariana e pela eleição de Evo Morales na Bolívia.

Em Cuba, roçou pela arrogância ao insistir na questão dos direitos humanos e na «democratização do regime». Por cortesia, o Presidente Raúl Castro, quando os jornalistas americanos o interrogaram sobre a existência de presos políticos na Ilha, não recordou que nos EUA (com a maior população carcerária do mundo) há patriotas porto-riquenhos presos há décadas por lutarem pela independência do seu país.

Na Argentina, a visita, que não era oficial, transcorreu numa atmosfera de fraternal entendimento entre os dois presidentes e as respetivas comitivas. Os discursos pronunciados confirmaram que tudo une Macri a Obama e não existem divergências a separá-los. Significativamente, Obama afirmou que vê na «Argentina um exemplo para todos os países da Região».

O sucessor de Cristina Kitchener é um neoliberal que apoia incondicionalmente a política de Washington para o Hemisfério.

Mas nas ruas de Buenos Aires milhares pessoas vaiaram Obama, condenando a sua presença no país.

Na tournée latino-americana do presidente tudo correu de acordo com as previsões da Casa Branca. Em final de mandato, continua a projetar uma imagem que os seus atos demonstraram ser falsa. O Prémio Nobel da Paz envolveu o seu país em guerras criminosas e ordenou a construção de novas armas nucleares. Está em produção uma minibomba nuclear muito poderosa. O vice-chefe do estado-maior das Forças Armadas, general Cartrwight pede muitas. Para que fim?

Recebido com grandes esperanças pela ala esquerda do Partido Democrata, Obama não cumpriu as promessas que contribuíram decisivamente para a sua eleição e será recordado pelos futuros historiadores como um presidente dos EUA que desenvolveu uma estratégia que configura uma ameaça à Humanidade.

OS EDITORES DE ODIARIO.INFO

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