Abusos dos EUA na Base de Guantánamo

Prisioneiros são tratados como escravos
                         
Mais de 750 relatórios secretos filtrados por WikiLeaks confirmam os abusos cometidos pelos Estados Unidos no cárcere da ilegal base de Guantánamo, e revelam que 60% dos réus foram levados a essa prisão sem terem nenhum vínculo com a guerra santa.
Os casos da maioria dos prisioneiros — 758 de 779 — são descritos em detalhes em memorandos que a Força de Tarefa Conjunta na Baía de Guantánamo enviou ao comando sul dos Estados Unidos em Miami, Flórida.
Ainda há 170 prisioneiros nesse cárcere, onde foi criado um sistema policial e penal sem garantias, e onde somente interessavam duas questões: a informação que obteriam dos presos, embora fossem inocentes, e se podiam ser perigosos num futuro.
Pessoas idosas com demência senil, adolescentes, doentes psiquiátricos graves e professores ou granjeiros sem nenhum vínculo com a guerra santa, foram levados ao cárcere e misturados com terroristas, como os responsáveis pelos acontecimentos de 11-S.
Segundo os relatórios, Abu Zubaydah — suposto detento de alto valor, sequestrado no Paquistão, em março de 2002 e que esteve 4 anos e meio em prisões secretas da CIA — foi submetido em 83 ocasiões à técnica de tortura conhecida como waterboarding (submarino), forma controlada de asfixia por afogamento.
Os 759 arquivos foram revelados simultaneamente pela mídia estadunidense e europeia, entre eles o jornal El País.
O governo dos Estados Unidos lamentou a divulgação e reconheceu que os relatórios foram escritos com informações de 2002 e 2009.(Com o Granma/ El País/Divulgação)

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