Sala Escura da Tortura

                              
No dia 18 de março, após a 48ª Caravana da Anistia foi lançado o projeto “Marcas da Memória”, da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, com a abertura da exposição “Sala Escura da Tortura”, organizada pelo Instituto Frei Tito de Alencar, do Ceará. A exposição ficará até o final de abril na sala Visconde de São Leopoldo, da Faculdade de Direito da USP, no Largo de São Francisco, em São Paulo.

Participaram da atividade, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão, o diretor da Faculdade de Direito da USP, Antonio Magalhães Gomes Filho, a representante do Instituto Frei Tito de Alencar, Lúcia Alencar, a presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto, Maia Aguilera de Matos e o artista representante da exposição, Gotran Guanaes Netto.
A Sala Escura é um projeto inspirado nos relatos de Frei Tito durante seu exílio na França, elaborado durante a década de 1970. Composta por sete telas, a exposição ilustra práticas de tortura empregadas no Brasil durante
a ditadura. A Sala Escura da Tortura foi exposta pela primeira vez no Museu de Arte Moderna de Paris, em 1973, como forma de dar visibilidade aos crimes contra a humanidade que foram praticados pelas ditaduras da América do Sul.
Com a inauguração da “Sala Escura da Tortura”, a Comissão de Anistia espera cumprir com o seu dever legal de reparar violações do passado para construir um futuro melhor e, ao mesmo tempo, prestar uma homenagem à memória de Frei Tito, exemplo de resistência, engajamento e dignidade à favor dos injustiçados.
Para o presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão, “o legado eterno da ‘Sala Escura da Tortura’ está na capacidade de Frei Tito sensibilizar as pessoas por um mundo melhor mesmo passado tanto tempo de sua morte”.
As telas foram pintadas por artistas de diversos países da América Latina como pelo argentino Julio Lê Parc, pelo brasileiro Gontran Guanaes Netto, pelo espanhol Alejandro Marcos, e pelo uruguaio Jose Gamarra.
Esta foi a primeira atividade do Marcas da Memória, que seleciona projetos de entidades sociais de todo o Brasil voltados para a realização de eventos culturais que contribuam para o resgate da memória dos anos de repressão no país. A exposição “Sala Escura da Tortura”,estará de volta em setembro na cidade de São Paulo, em Belo Horizonte no mês de outubro, e encerra seu ciclo em novembro na capital federal Brasília.

Comentários

Elidio disse…
Olá josé Carlos,
estou assessorando esta exposição que acontecerá em Brasília, Petrópolis, Rio de janeiro e Belo Horizonte. Conto com seu apoio.
Abraços

Elian