O melhor do futebol, com Flávio Anselmo


Cuca está certo
ELES ESTÃO DE VOLTA COM SEUS NÚMEROS E ADVINHAÇÕES

A melhor que a invenção dos campeonatos de futebol é a criação dos estatísticos e profetas do acontecido que a internet nos deu de presente. São fantásticos. Mas tão formidáveis que passaram a acreditar nos seus poderes de bruxos sem bola de cristal. Alguns conseguem convencer a eles mesmos da capacidade que possuem em adivinhar os números da mega-sena, da Lotofácil, enfim de todos os jogos inventados pela Caixa Federal pra tomar dinheiro da gente.
Outro dia, um deles falava comigo: “acerto num jogo quase toda semana; quando não só, em algum bolão. Gasto uns 400 reais por semana e ganho pequenas fortunas no balanço mensal”.
Fingi que acreditei e saí da lotérica, afirmando ao sortudo: “ vou parar de jogar então; eu estou é queimando minha pobre grana, gastando 4 reais toda semana, sem nenhum resultado”.
Mas como viver sem estes caras na internet, pitacando sobre loterias e futebol. Garantindo que time tal será campeão, mal terminou a segunda rodada. Adivinham ainda os times do G-4 do Bem e os do G-4 do Mal.
“Querem casar algum contra meus palpites?”, perguntam. “Sem chance, dou o troco imediato. Azarado do jeito que sou se aposto no Verde, dá Azul; se aposto nos dois dá Vermelho”.
Não serei estúpido a ponto de dizer que os estatísticos não têm valor algum. Isso é burrice. A estatística é coisa histórica, preserva a evolução do mundo.
Sem eles, como eu saberia que com a vitória sobre o Avaí (3 a 1), em Floripa, o Galo acabou com o tabu de 21 anos sem vencer o time barriga-verde.
De grosso modo este tabu surge importante, mesmo porque não informa quantas vezes os dois times enfrentaram-se nesse período.
Eu não sabia, também, que desde agosto de 1990 o Galo não vencia as duas primeiras rodadas do Brasileiro.
Agora sei que em 90, o time superou o São Paulo ( 2 a 1) , na capital paulista, e na sequência o Fluminense (4 a 2) em Belo Horizonte. O Galo ainda se manteve invicto por mais 12 rodadas (4 vitórias e 8 empates). Foi campeão? Não.
Precisamos então melhorar as estatísticas: que o Galo vença as dois partidas iniciais, como fez, e que emende uma sequência de 12 todas com vitória.
E no final, o estatístico possa informar: o Atlético foi campeão do ano.
Aliás, o próximo compromisso do Galo é o São Paulo, na Arena do Jacaré, dia 8, adiado para atender à Mamãe Globo. O São Paulo também venceu os dois jogos que teve, porém a liderança está com o Galo e o Vasco.
Ambos têm 6 pontos e estão iguais em todos os itens dos critérios de desempate. O estatístico pode até afirmar, seguramente: “se o campeonato terminasse hoje, a decisão seria na moedinha. E que Cruzeiro e América não cairiam”.
Que Deus nos abençoe !!!
E proteja o professor Cuca. No sábado, na bela e fatal Rio de Janeiro, o técnico do Cruzeiro terá de montar uma equipe sem o goleiro Fábio e o volante Henrique – ambos na Seleção de Mano; Victorino, convocado pelos uruguaios.
Roger, lesionado, fica parado 15 dias. Brandão, ainda que entre em campo será desfalque. Não tem nada, nem futebol, e a torcida sonha que ele não jogue. Cuca está inclinado a deixar o o jovem Anselmo Ramon no ataque.
O técnico tá certo. Depois de perder aquele gol incrível, Anselmo não se abateu como era esperado. Fez o gol de empate e quase se transforma no herói após uma virada e um chute de esquerda rente à meta de Marcos.
Se a torcida tem alguma dúvida quanto à ausência de Fábio o melhor que faz é dar aquela força pra Rafael. No futuro, o gol azul será dele, podes crer!
Fábio, Henrique e Victorino terão o mesmo destino em suas seleções: banco de reserva. Victorino sentou-se confortavelmente e apenas viu o amistoso entre Alemanha x Uruguai, em Sinsheim, território alemão.
Mauro Fernandes reclamou da arbitragem na derrota contra o Vasco (2 a 0) por causa do pênalti cometido por Thiago Carleto, o segundo dele na competição, e do gol marcado por Rodriguinho, anulado pelo bandeira. Não falou nada de Dudu.
Rei dos cartões amarelos e vermelhos, o volante Dudu foi expulso na derrota (3 a 0) diante o Vasco. No íntimo, Fernandes achou bom, porque afinal já pensava em estrear o volante experiente Glauber, ex-Lusa, contra o Internacional em Campo Grande-MS.
Além dessa novidade, a melhor será a volta de Marcos Rocha à lateral-direita. Este menino é um conforto para o Coelho e uma dor de cotovelo para o Galo que o liberou de graça.
Alguns americanos me queixaram e perguntaram o motivo do jogo em Campo Grande contra o Internacional. O reduto é gaúcho e o estádio Morenão estará lotado de torcedores colorados.
Melhor assim, diz Marcos Salum – “combateremos à sombra da notas de 100 reais!” A questão está nos prejuízos constantes que o Coelho tem tido na Arena do Jacaré.
Com certeza, Salum não para de agradecer ao ex-Governador Aécio Neves e ao atual Antônio Anastazia que botaram Mineirão e Independência no chão sem qualquer planejamento. Beagá só ficou com o estádio Baleião

Flávio Anselmo

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