Filha de Prestes lança livro em São Luís

                                       

Anita Prestes: a história do Brasil pela ótica da revolução

No próximo sábado, dia 28, a filha do líder comunista Luiz Carlos Prestes e de Olga Benário, Anita Leocadia Prestes lança o livro "O Combate por um partido revolucionário (1958-1990)”, às 19h, na Praça Valdelino Cécio, na Praia Grande, durante a 7ª Feira do Livro de São Luís.

O livro é uma fascinante viagem pela História do Brasil durante mais de três décadas, permitindo acompanhar as lutas e os dissabores de Luiz Carlos Prestes, o Cavalheiro da Esperança.

Embora filha de Prestes, Anita não escreve sobre as relações familiares com o revolucionário que foi secretário-geral do Partido Comunista Brasileiro durante quase quarenta anos.

Anita Prestes dedicou anos ao estudo de uma documentação em parte inédita ou esquecida e divulga os resultados da sua pesquisa.

O jornalista e escritor português, Miguel Urbano Rodrigues, diz que “ao oferecer aos leitores uma versão historiográfica enraizada em factos desmonta «falsificações e deturpações existentes sobre Prestes e os comunistas, difundidas pela história oficial produzida pelos intelectuais comprometidos com os donos do poder». A obra não é ostensivamente apologética. Mas Anita apresenta de Prestes, através suas atitudes e opções politicas, um retrato que encaminha os leitores para a conclusão de que foi um revolucionário que quase não cometeu erros. Acontece que, por humanos, não há revolucionários perfeitos, e Prestes não foi exceção.

A primeira parte do livro abrange o período que vai da Declaração de Março de 1958 que definiu a revolução brasileira como democrática e nacional ao golpe de Estado de 1964.

A segunda parte incide sobre acontecimentos compreendidos entre o golpe militar fascizante e a amnistia de 1979.

A terceira parte ilumina a luta permanente de Prestes contra o reformismo e em defesa de um partido comunista revolucionário.O golpe agravou as divergências existentes na esquerda brasileira, nomeadamente no PCB, atingido pela cisão que dera origem à formação do PCdo B, hoje uma organização social-democrata, integrada no sistema, mas inicialmente maoista. Naqueles anos, dois partidos comunistas de prestígio, o chinês e o cubano, apoiavam as forças que na América Latina preconizavam a luta armada para a tomada do poder.”

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